112 pages
Português language
Published by Expressão Popular.
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Este livro, composto por três artigos e uma entrevista, é marcado por uma perspectiva clara – visível também em toda trajetória política e teórica da autora: a de que com o desenvolvimento do capitalismo gesta-se uma “crise urbana”, cuja saída só pode ser pensada e realizada a partir da luta dos trabalhadores.
O principal objetivo de Para entender a crise urbana é contribuir na erradicação do “analfabetismo urbanístico”, isto é, trazer reflexões teóricas e políticas que auxiliem a compreensão da lógica de funcionamento e de organização do espaço urbano a partir da perspectiva da luta de classes. Esta se dá entre o capital imobiliário, industrial e financeiro que conta com o apoio do Estado e da mídia, e o trabalho cuja força reside na organização e na luta popular.
Apesar de a crise urbana ser algo próprio do capitalismo, enquanto sistema, as características históricas brasileiras – um país da periferia …
Este livro, composto por três artigos e uma entrevista, é marcado por uma perspectiva clara – visível também em toda trajetória política e teórica da autora: a de que com o desenvolvimento do capitalismo gesta-se uma “crise urbana”, cuja saída só pode ser pensada e realizada a partir da luta dos trabalhadores.
O principal objetivo de Para entender a crise urbana é contribuir na erradicação do “analfabetismo urbanístico”, isto é, trazer reflexões teóricas e políticas que auxiliem a compreensão da lógica de funcionamento e de organização do espaço urbano a partir da perspectiva da luta de classes. Esta se dá entre o capital imobiliário, industrial e financeiro que conta com o apoio do Estado e da mídia, e o trabalho cuja força reside na organização e na luta popular.
Apesar de a crise urbana ser algo próprio do capitalismo, enquanto sistema, as características históricas brasileiras – um país da periferia do capitalismo com ampla tradição escravocrata – são consideradas como fundamentais para a compreensão dessa crise tal como ela se apresenta aqui. Entre outras, mencione-se a centralidade da questão da terra, tanto no campo quanto na cidade, um dos principais fatores de acumulação do capital no país. Este é um dos motivos pelos quais nem a reforma agrária, nem a reforma urbana se concretizaram.
Por fim, a autora também destaca que apesar das melhorias nas condições de vida dos trabalhadores em termos salariais e de consumo desde inícios do século XXI, as questões estruturais de moradia, mobilidade, saneamento básico não foram resolvidas, sequer tocadas. A perspectiva é de que a única forma delas se realizarem é através da organização e da luta dos trabalhadores que já conta com uma longa tradição e se renova cotidianamente.