Paperback, 305 pages
Português language
Published Jan. 30, 1970 by Livraria José Olympio Editora.
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Published Jan. 30, 1970 by Livraria José Olympio Editora.
Diário completo de Lúcio Cardoso, escritor, dramaturgo e poeta brasileiro.
Lúcio Cardoso é considerado expoente da literatura de cunho intimista e introspectiva que despontou no Brasil na década de 1930.
Embora sua escrita costume ser associada à chamada literatura psicológica, iniciou sua carreira com dois romances de cunho sociológico, Maleita (1934) e Salgueiro (1935), com marcada mudança de rumo em Luz no Subsolo (1936).
Sua Literatura, a partir de então, prioriza o questionamento da condição humana e de valores como o bem e o mal, como nos romances Mãos Vazias, Inácio, Dias Perdidos e nas novelas O Enfeitiçado e Baltazar, dentre outras da década de 1940.
Sua obra inaugura na Literatura Brasileira um mergulho no cerne do indivíduo moderno, em que os dramas, as dúvidas e os questionamentos existenciais se sobrepujam à descrição naturalista ou à crítica social.
Sua obra-prima Crônica da Casa Assassinada (1959) é um dos Livros mais …
Diário completo de Lúcio Cardoso, escritor, dramaturgo e poeta brasileiro.
Lúcio Cardoso é considerado expoente da literatura de cunho intimista e introspectiva que despontou no Brasil na década de 1930.
Embora sua escrita costume ser associada à chamada literatura psicológica, iniciou sua carreira com dois romances de cunho sociológico, Maleita (1934) e Salgueiro (1935), com marcada mudança de rumo em Luz no Subsolo (1936).
Sua Literatura, a partir de então, prioriza o questionamento da condição humana e de valores como o bem e o mal, como nos romances Mãos Vazias, Inácio, Dias Perdidos e nas novelas O Enfeitiçado e Baltazar, dentre outras da década de 1940.
Sua obra inaugura na Literatura Brasileira um mergulho no cerne do indivíduo moderno, em que os dramas, as dúvidas e os questionamentos existenciais se sobrepujam à descrição naturalista ou à crítica social.
Sua obra-prima Crônica da Casa Assassinada (1959) é um dos Livros mais cultuados da literatura brasileira, tendo sido traduzido para o francês, italiano e inglês.
A literatura de Cardoso teria imenso impacto sobre a obra de Clarice Lispector, de quem foi amigo e mentor, e a qual lhe dedicou uma ligação amorosa explicitada em sua correspondência.
Sobre o Autor:
Lúcio Cardoso nasceu em Curvelo, Minas Gerais, a 14 de agosto de 1912 e faleceu em 28 de setembro de 1968, no Rio de Janeiro.
Devido ao assunto de seu primeiro romance foi agrupado entre os regionalistas; entretanto, sua produção tem muito mais afinidade com o grupo "espiritualista" de Cornélio Pena, Schmidt, Otávio de Faria, Vinicius de Morais.
Cardoso era mais ou menos abertamente homossexual, o que se traduziu na sua obra como mais uma instância particular do tema geral da redenção possível de uma humanidade ontologicamente pecaminosa, que ele compartilhou com todos os seus colegas de movimento.
Em 1966 recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, por conjunto de obra.
Em um universo ontologicamente dilacerado, com uma prosa cuja poesia dá vazão ao desejo transgressivo, os personagens se desnudam em tensões recriadoras da objetividade do mundo.
Ao lado de Clarice Lispector e Cornélio Pena, ele foi o principal nome do romance intimista brasileiro, e realizou, com Paulo César Saraceni, o primeiro longa-metragem do Cinema Novo, além de seus romances terem sido adaptados para as telas.
Ao ter de abandonar a escrita por causa de um derrame cerebral, recusou o afastamento da criação, passando a pintar belos quadros, ainda que com os poucos movimentos que lhe restaram.