Paperback, 79 pages
Português language
Published July 31, 2021 by Rosa dos Tempos.
Paperback, 79 pages
Português language
Published July 31, 2021 by Rosa dos Tempos.
Censurado por um assessor do Ministério de Igualdade de Gênero na França, Eu odeio os homens tornou-se um best-seller mundial. O homem ameaçou mover uma ação criminal contra os editores da pequena Monstrograph – sob acusação de incitação ao ódio –, caso não recolhessem os livros e parassem sua comercialização. Talvez este seja o primeiro caso em que a masculinidade frágil ajudou a divulgar um livro.
O fato ilustra bem o propósito de Eu odeio os homens. Em sua estreia literária, a já celebrada autora Pauline Harmange faz um desabafo sobre o que é ser mulher em um mundo machista, ao mesmo tempo que desvela os mecanismos cotidianos de opressão que foram naturalizados. Com humor ácido, a feminista francesa usa o mote da misandria, entendida como a raiva das oprimidas em relação aos opressores, para revelar o que a misoginia tenta silenciar.
O livro trata de temas que estão na …
Censurado por um assessor do Ministério de Igualdade de Gênero na França, Eu odeio os homens tornou-se um best-seller mundial. O homem ameaçou mover uma ação criminal contra os editores da pequena Monstrograph – sob acusação de incitação ao ódio –, caso não recolhessem os livros e parassem sua comercialização. Talvez este seja o primeiro caso em que a masculinidade frágil ajudou a divulgar um livro.
O fato ilustra bem o propósito de Eu odeio os homens. Em sua estreia literária, a já celebrada autora Pauline Harmange faz um desabafo sobre o que é ser mulher em um mundo machista, ao mesmo tempo que desvela os mecanismos cotidianos de opressão que foram naturalizados. Com humor ácido, a feminista francesa usa o mote da misandria, entendida como a raiva das oprimidas em relação aos opressores, para revelar o que a misoginia tenta silenciar.
O livro trata de temas que estão na ordem do dia, entre eles: articulações feministas, como o #MeToo; os números alarmantes de feminicídio e assédio sexual; a síndrome do impostor; a carga mental das mulheres; e a importância da sororidade. Aborda também a heterossexualidade compulsória e passa por questões próximas às que suscita a célebre frase de Simone de Beauvoir, em O segundo sexo – “O mais medíocre dos homens acredita que é um semideus perto de uma mulher”.