Livro, ops, beijo da decepção
Content warning A resenha em geral, contém spoiler!
Antes de começar a resenha, eu tenho que admitir o quão cansativo foi essa leitura, geralmente, consigo finalizar em três dias... Infelizmente, The Kiss Of Deception seguiu um rumo desnecessário, aliás, tinha todo potencial de ser uma trajetória inesquecível com uma protagonista interessante... Não entendo o porquê de não ter sido desenvolvido a sua ideia somente encheu linguiça nas trezentas e muitas páginas. É desperdício de página.
Quero ressaltar que os trabalhos editoriais da DARKSIDE são impecáveis, a estética da capa é linda, que design bonito e fonte graciosa. Em relação a tradução, também admito que sofri muito porque havia presença de analogias sem sentido, muitas metáforas desnecessárias e sequências mal executadas, pois, eu tinha que reler a cena anterior para entender o seguimento de outra cena, por exemplo, a fuga da personagem principal é tão ilógica que o meu cérebro deu voltas e mais voltas (fiquei me perguntando se ela levou a amiga junto ou não). É agonizante as sequências de ação, como um cego perdido num tiroteio. Outro ponto chato é a falta de continuidade de certas cenas, a personagem principal não narra um certo acontecimento somente pula de cena, como leitora, eu fiquei irritada com essa abordagem preguiçosa porque desejo saber do contexto inteiro e não receber uns fragmentos inexplorados, almejo conhecer mais os outros personagens ou a história em si (o que é mal trabalhado NO LIVRO TODO). Você não sabe quanto tempo se passou na história, nada é explicado nem dá para acompanhar a evolução dos personagens se ELES não relatam direito, as narrações são como pensamentos soltos, bem aleatórios, uma guerra acontecendo no plano de fundo mas o personagem está pensando em sx naquele momento (é um exemplo). Não há nada interessante na história porque você não faz ideia do que se trata, o mistério é bem solto apenas deduzimos o óbvio (e é bem óbvio), já fazermos ideia de algo previsível se for acostumado com o gênero literário e já liga os pontos, facilmente. Eu não gostei muito da história, tentando tentar qual é o drama central do show (me perdoem mas drama de menina rica é tão repetitivo para mim). Nem os coadjuvantes aparecem muito, são apenas pensamentos sem graça de uma princesa fujona de um reino insignificante, em vez de quando, lermos pensamentos do assassino e do príncipe, e eles SÓ falam dessa fujona, tipo, nada demais. Pensei que ia ter núcleos mas não tem, ou seja, não percam tempo lendo a metade do livro porque não acontece nada, é muita enrolação, pulem já nas últimas páginas, o famoso gancho para vender o próximo livro.
A trama é toda paradona do começo até a metade de The Kiss Of Deception, ou seja, não acontece ABSOLUTAMENTE NADA relevante na estória, realmente, é um livro monótono e bem paradão com ritmo lento. O livro se perde na rotina sem graça da princesa mais sem graça dos livros medievais, me perdoem, mas essa tal de Arabella não se passa de uma garota rica insuportável, que brinca de ser pobre, bem como romantiza o sofrimento alheio, eu não tenho paciência com personagem arrogante que tem tudo de mão beijada e não consegue se colocar no lugar dos outros. Sinceramente, que protagonista irritante, sem carisma, toda antipática, é uma espécie de patricinha rebelde que viveu uma vida inteira de privilégios e do nada resolveu viver uma vida miserável, se achando independente e jura que está arrasando depois de citar frases que aprendeu seguindo o Quebrando o Tabu. QUE GAROTA CHATA! Eu não consigo engolir que a escritora ENROLOU 300 E TANTAS PÁGINAS para encher linguiça (a rotina de pobre da Shoope). Não agregou nada, nem tem importância alguma, pois, a história só começa andar na metade das 200 laudas, ou seja, se não tiverem paciência com a enrolação desnecessária (rasa), podem pular para página 215 ou 225 (basicamente, a mesma coisa). Eu NÃO AGUENTEI, quase pulei (admito que dei umas puladas), queria desistir mas só continuei porque eu (a burra) comprou outros dois livros e tinha terminar a trilogia de qualquer forma.
Okay, eu achei o plot bem razoável, legalzinho, porém, não fez sentido na minha cabeça, aliás, o começo do livro passa uma impressão rasa, superficial, sinceramente, eu não engulo de jeito nenhum essa escapatória porque é uma princesa, né? Ela não deveria ter guardas? Não deveria ser vigiada o tempo todo? Lia ou Arabella, a princesa de Morrighan, personagem principal do livro, tem uma personalidade forte e sendo então justificável diante de suas escolhas (hã, suicidas), portanto, não entendo como ela conseguiu fugir com tanta facilidade. Pois, a escritora pulou (literalmente) a cena de fuga, sem detalhes sequer pistas, a mocinha alcança sem obstáculos o estábulo ao lado da amiga, as duas fogem (demorei para entender essa cena, foi tão wft). Ninguém viu uma doida vestida de noiva correndo por aí? Céus, achei bizarro essa execução mal elaborada na fuga, não teve impacto sequer emoção. A guria (UMA PRINCESA!!!) conseguiu fugir a cavalo.
Entretanto, apesar das explicações vindas após a escapatória da princesa (lógico que autora teve que explicar, né?), não me convenceram de jeito nenhum. Me pareceu tão fácil, simples e ordinário, simplesmente, qualquer um escaparia ou poderia invadir o castelo de Morrighan (huehue, não me surpreenderia SE isso acontecesse nos livros). Mas eu perdoo Mary E. Pearson porque ela seguiu a fórmula ridícula dos livros medievais, dando explicações burras quantos genéricas.
Nesse período, eu tinha pausado a leitura porque estava monótona e só voltei ler depois de um mês. Ao retomar a leitura, eu perdi toda a paciência (não pulava tanta página) porque achei ridículo o comportamento de Lia, toda a visão que eu tinha dela se evaporou (eu estava tentando defender ou entender as suas atitudes junto com o seu comportamento infantil), a princesa perdeu toda aquela chama de personagem interessante... Talvez, a pausa tenha me feito desviar do ritmo genérico e trazido outra visão dos personagens como Pauline e Lia, fiquei pensando: Caramba, que garotas sem graça, irritantes, deprimente demais essas interações. Eu diria que o vídeo viral de Rita Lee, ela é toda boazinha, da galera, mas que menina chata, descreve perfeitamente a princesa de muitos nomes (a propósito, que nomes feios e não se combinam, viu).
As narrações dessa Arya da Shoope são monótonas, cansativas e fracas. Eu fiquei me perguntando como consegui gostar lá no comecinho, antes de retardar a leitura. Mudando de opinião, o livro é chato, ritmo lento e personagens apáticos. Sofri uma espécie de bipolaridade literária, céus, que reviravolta. Apesar de o livro ser parado, eu estava gostando (tentando entender os lados de todo mundo)
Quando li o nome Pauline, automaticamente, eu falei: ESSA MENINA TEM CARA DE QUE VAI MORRER! Uau, que desenvolvimento porco, preguiçoso, só para gerar comoção para a protagonista de muitos nomes ter um crescimento ou maturidade relevante no decorrer das páginas. Sei lá, não tem nenhum personagem secundário que consigo simpatizar, todos seguem o estereótipo de NPC (nos RPGs, é comum ter figurante de apoio na finalidade de auxiliar o herói em sua jornada, sendo popularizado como NPC). A minha crítica é contra a sutileza descarada da autora, ela não consegue esconder que está forçando o plot de a escolhida, ou seja, vai forçar a ex-riquinha virar a maria do bairro, tipo, eu odeio gente rica que romantiza pobreza e sofrimento alheio, essa Lia fica se achando a revolucionária mas nunca moveu o dedo para fazer alguma coisa que preste... MANO, ELA NÃO É UMA HEROÍNA... É só uma chata com síndrome de pobre menina rica, ain, eu amo pobre e trato como fosse gente... E DAÍ!? Está se achando especial só porque anda com o povão? Essa rica insuportável se acha demais, não gostei muito dessa forcação... Não há uma autocrítica, eu queria ver essa patricinha pegando um busão e vivendo de salário mínimo, para deixar de ser besta, vai romantizar isso lá na China.
OK! REALMENTE, DE VERDADE, A AUTORA FORÇOU LÁ NA METADE DESSE LIVRO PARADO AQUELE PLOT DA ESCOLHIDA. É real, bom, tem um trem chamado dom, sendo assim, nesse universo é tratado como uma especialidade, um poderzinho, sei lá, eu não entendi a utilidade dos dons, na realidade, funciona mais como clarividência do que um dom interessante... Mesmo com a tentativa de explicar, ficou horrível, difícil de entender a sua importância (me pareceu inútil).
Esse livro soou tão fácil e simples, não há tensão, as cenas são ridículas, vergonhosas e pouca adrenalina. No momento em que o peso morto (amiga da principal) e a princhata chegam no hotelzinho, a primeira coisa que essa OTÁRIA faz é revelar o seguinte: OLÁ, QUERIDA, EU SOU A PRINCESA QUE FUGIU :))!
SIMMMMMM! A SUPOSTA PRINCESA FODONA REVELOU O SEU SEGREDINHO PERIGOSO PARA A DONA DO HOTEL! TIPO, NEM TEM DOIS MINUTOS QUE A DOIDA CHEGOU, QUE JÁ CONTOU O SEU SEGREDO. PARA UMA DESCONHECIDA.
OK. Eu estou nem aí se a tal desconhecida é uma pessoa supostamente próxima à Pauline, o peso morto nem encontra essa pessoa há muitos anos, tipo, porque você arriscaria a sua vida para revelar algo perigoso só porque a fulana já foi sua babá QUANDO VOCÊ ERA BEBÊ. Sem lógica, a escritora arrumou um pretexto para enfiar novos personagens e criar ligações com a Lia... E olha que são personagens estereotipados, sem muita importância na trama (nãoooo, eles vão morrer com certeza, forçar o choro no leitor). Nada demais, repito que a princesa nem está tão preocupada com o seu disfarce, vive a sua vidinha sem ser reconhecida (mano, NENHUM GUARDA reconheceu o ROSTO dela? A lógica que a guria está sendo procurada e logicamente o seu retrato falado seria reconhecido, não?)... MUAHAHAHAH, EU PAREÇO UMA POBRE, NINGUÉM VAI DESCONFIAR DO MEU COSPLAY DE POBRE (sim, ela PENSA DESSA FORMA, O PIOR É QUE SÃO 100 OU 200 PÁGINAS REFORÇANDO O QUÃO POBREZINHA ELA É, quão camponesa ela é).
O príncipe e o assassino apareceram, o que eu achei? Nada diferente, não é interessante para mim... Parece pontos vistas diferentes mas com mesma personalidade, tive que voltar para ver quem era o narrador. Eu torço pela morte da sem sal, não entendi até agora qual é a trama, entende? É um livro paradão, os personagens conversam e dormem, e só... Não tem nada acontecendo a não ser o ponto de vista do assassino (nele, fala de uma revolução de plebeus, que são os vendanos, sei lá, NÃO HÁ UMA EXPLICAÇÃO DIRETA). Suas apresentações não causam um entendimento do que está acontecendo, fiquei meio assim com o príncipe e o assassino, e sério, vai ser forçado se um dos dois apaixonar pela feiosa da Lia... Sério, UM ASSASSINO APAIXONAR PELA GURIA QUE ELE VAI MATAR É TÃO MEDÍOCRE, CARA, VOCÊ NÃO É UM ASSASSINO DE VERDADE. Estou sentindo que isso vai acontecer... Forçado. E rolou... Ele não a mata... Que pena. O assassino teve só 2 interações e já apaixonou por ela? Tipo, oi? A menina nem dom tem, muito inútil nisso e vai manter ela viva porque teve pena???? Mas não teve a mesma sonoridade com uma jovem grávida (a cunhada da inútil)? Hipocrisia, pura hipocrisia. Contraditório, velho... Ain, mas ele vai ter a redenção com o amor dele, oi? ELE DEFENDEU O GENODÍCIO (a feiosa também defendeu) e merece redenção? Só ganha a minha simpatia se matar a protagonista.
As interações entre o assassino e a feiosa da princesa me faziam gritar: PEGA ELA, FRITA ELA, FAZ PURÊ! Nossa, que garota CHATA, VELHO... ela se acha demais, muito soberba. Zero humildade, reclama da vida de princesa mas age como uma sinhá, nojenta, xenofóbica. É nítido a xenofobia dessa bitch contra o povo vendano, menosprezando a cultura e o idioma deles, além disso, defende a segregação contra os vendanos, se esse livro passasse no nosso universo, eu diria sem medo que ela é uma sionista. Nojo dela defendendo a expulsão dos vendanos. LIA É UM SER HUMANO DESPREZÍVEL! ESPERO QUE MORRA, SUA NOJENTA!
SPOILER... Há uma cena que achei tão forçada, e entendo que era para ser emocionante MAS não consigo me comover, uma guria miúda enterrando A [*] DE UM EXÉRCITO que matou um monte de crianças vendanas foi tão mal executada... Eu achei chato que os inimigos tiveram que ajudar também... Preferia ver ela se fodendo, sei lá, essa Lia é uma pessoa ignorante, egocêntrica... Não tem ninguém para jogar isso na cara dela? Ain, não, ela é diferente das outras, eu te juro, meu irmão... Ranço... Dois homens adultos (o príncipe e o assassino) babando ovo de uma patricinha, aliás, uma adolescente mal educada...
Essa insuportável ainda é uma xenofóbica, ela tem xenofobia com o povo de Venda, com outras culturas também, além de praticar intolerância religiosa... Nossa, que princesa horrível... Mimada, egoísta... Se acha tanto... Ainda é uma manipuladora nojenta... Distorce tudo para se sair de santa, credo, não vejo a hora dessa pirralha morrer ou algo parecido. Que tenha uma morte lenta e trágica.
ESSE LIVRO SÓ TEM FRASE DE EFEITO! NÃO TEM HISTÓRIA! NÃO TEM PERSONAGENS CATIVANTES! MANO, ELES METEM UMA FRASE DE EFEITO NADA A VER COM O CONTEXTO.
OK. Eu estou com o tremendo ranço do assassino, que assassino? Só pode ser assassino fake, da Shoope... Mano, o que essa Lia fez para ele se apaixonar? Aquele beijo na bochecha não pode ter sido tão alarmante assim... VELHO, não tem sentido o cara querer construir uma vida com a feiosa, sendo que eles nem tiveram muitas interações ROMÂNTICAS... Seria mais lógico ela terminar com o príncipe (eles tiveram muitas cenas juntas e ela era apaixonada por ele, vice-versa). Espero que seja manipulação por parte do assassino, caso contrário, queimarei esse livro ruimmmm demais. Ou seja, só no próximo livro que a autora vai ter que explicar essa palhaçada romântica, tipo, ela só construiu bem o romance da princesa com o príncipe e cagou total o assassino.
O livro terminou de forma melosa sem adrenalina, eu admito que adoro o Rafe (que bofe gato, fico imaginando o Ian Somerhalder ou Henry Cavill no papel), enquanto o Kardan é a cópia podre do bandido Westley do filme/livro A Princesa Prometida, um loiro meloso que só tem posse de malvado na frente dos amiguinhos.
Acho que vou continuar o livro para ver a Pauline morrendo e o Rafe lindo (ele tem muito cara que vai perder o braço). Espero que a Lia morra logo (infelizmente é a protagonista), mas a história com certeza só vai acontecer de verdade no próximo livro. Ou seja, ignorem a existência desse livro e só leiam o segundo que na verdade é o primeiro (já comecei a ler as primeiras páginas), quem quer ler de curiosidade o primeiro volume, pule para página 225.
Nota zero. Zero criatividade e zero emoção. Decepcionante mesmo kkkk LIVRO OPS BEIJO DA DECEPÇÃO.