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Publius Vergilius Maro: The Aeneid of Virgil (Paperback, 1982, University of California Press) 5 stars

"A prose translation of Vergil's Aeneid with new illustrations and informational appendices"--Provided by publisher.

Review of 'The Aeneid of Virgil' on 'Goodreads'

5 stars

A Odisseia do ilíaco Eneias

Não é a história de um homem. Não é o mesmo poema do passado. Na Eneida aquilo que vemos é o nascer de todas a maior das nações.

Eneias é o troiano herói par de Heitor, príamaco herdeiro dos nobilíssimos troianos guerreiros, Eneias o filho de Vénus deusa. Ele, derrotado pelas manhas de Odisseu, viu-se a braços com o ter de transladar o seu restante povo às latinas terras da Hespéria.

Eneias, sem o saber, vai ter de se tornar o fundador da imperial Roma. Incumbido pelos seus numes, Eneias parte então em direção à Lácio, terra onde, por fim, após múltiplas oceânicas tragédias e façanhas, se arroja; onde, prometido a Lavínia, a terra conquista através da força das armas que ele mesmo empunhava.

Não é possível fazer justiça a este texto. Não há palavras que se aproximem daquilo que dentro da lírica do homérico Virgílio se relata. Para compreendê-lo, só lendo. Não é a toa que é Virgílio que Dante guia quando a comédia é divina.

Vale a pena ler o poema? Se tudo nele está datado, o que dele retiramos se não o próprio estilo da linguagem, o depuramento das formas líricas do próprio falar, numa retórica pungente que realmente nos proporciona um quase que entendimento daquilo que se almeja. Se do que dito fica um sumo faço, o extracto é este: ao ler Virgílio quase que se sente. Ao contrário de ver um filme, onde toda a narrativa procede das imagens, no seu texto é pelas palavras que pelas palavras vamos, e pelas palavras sentimos. Vale ou não a pena: canta-o. Depois conversamos.