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Sonho Manifesto by Sidarta Ribeiro
Mantido o rumo atual da vida na Terra, o futuro é impossível. Em seu novo livro, o autor de O …
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Mantido o rumo atual da vida na Terra, o futuro é impossível. Em seu novo livro, o autor de O …
A partir de informações históricas, antropológicas, psicanalíticas e literárias, além das referências mais atualizadas da biologia molecular, da neurofisiologia e …
Assim vai a crença na desigualdade. Não há espírito superior que não encontre um mais superior ainda, para rebaixá-lo; não há espírito inferior que não encontre outro mais inferior ainda, para desprezar.
— O Mestre Ignorante by Jacques Rancière (Coleção Educação Experiência e Sentido) (33%)
Chamemos de atenção o ato que faz agir essa inteligência sob a coerção absoluta de uma vontade.
— O Mestre Ignorante by Jacques Rancière (Coleção Educação Experiência e Sentido) (22%)
Vontade de quem?
Se for a "coerção absoluta" da própria vontade de quem aprende, de fato estamos tratando de atenção, no sentido de dedicação integral a uma atividade, em um certo momento.
Porém, se essa coerção for a duma vontade externa (a do mestre, por exemplo), ainda podemos chamar isso de atenção? Por acaso não seria mais apropriado chamar "o ato que faz agir" uma inteligência "sob a coerção absoluta" duma vontade externa de submissão?
Já disse que estou hiperfocado nesse livro? De ontem pra hoje já reli o primeiro capítulo (porque me carecia de entender qual o sentido da palavra inteligência no texto) e ainda hoje termino o segundo capítulo.
O que o mestre ignorante deve exigir de seu aluno é que ele prove que estudou com atenção.
— O Mestre Ignorante by Jacques Rancière (Coleção Educação Experiência e Sentido) (28%)
Podia-se aprender sozinho, e sem mestre explicador, quando se queria, pela tensão de seu próprio desejo ou pelas contingências da situação.
— O Mestre Ignorante by Jacques Rancière (Coleção Educação Experiência e Sentido) (14%)
Todo o seu esforço, toda a sua exploração é tencionada pelo seguinte: uma palavra humana lhes foi dirigida, a qual querem reconhecer e à qual querem responder – não na qualidade de alunos, ou de sábios, mas na condição de homens; como se responde a alguém que vos fala, e não a quem vos examina: sob o signo da igualdade.
— O Mestre Ignorante by Jacques Rancière (Coleção Educação Experiência e Sentido) (13%)
Nada há atrás da página escrita, nenhum fundo duplo que necessite do trabalho de uma inteligência outra, a do explicador.
— O Mestre Ignorante by Jacques Rancière (Coleção Educação Experiência e Sentido) (12%)
O "[...] reconhecimento do outro como sujeito intelectual capaz de compreender o que outro sujeito intelectual quer lhe dizer.
— O Mestre Ignorante by Jacques Rancière (Coleção Educação Experiência e Sentido) (95%)
Seriam [...] supérfluas as explicações do mestre? Ou, se não o eram, para que e para quem teriam, então, utilidade?
— O Mestre Ignorante by Jacques Rancière (Coleção Educação Experiência e Sentido) (8%)
Comecei gostando, mas do meio pro fim comecei a ficar indiferente. Achei que pudesse ser porque não conhecia a autora / entrevistada. Li um pouco sobre ela e me senti ainda mais desconectada. Dei uma pausa e retomei e não sei o que pensar. Sontag era sem dúvidas muito inteligente, uma intelectual e achei isso admirável. Pela entrevista (e também por informações biográficas que li em outros locais) ela parecia ser uma mulher com senso crítico forte e que defendia suas ideias, mas tem algumas coisas na entrevista dela que me deixaram a impressão que eu odiaria conviver com ela, que não compartilhamos alguns "valores" e "crenças". Enfim, é isso
"Limite de Caracteres – Como Elon Musk destruiu o Twitter" (Character Limit, 2024, 488 pgs.) é um livro-reportagem sobre o X/Twitter, focado em sua tomada por Elon Musk, escrito pela dupla de repórteres de tecnologia do New York Times, Kate Conger e Ryan Mac.
Adorei a leitura por desmistificar a suposta genialidade desse bilionário. Na biografia autorizada de Musk, de Walter Isaacson, ele é quase endeusado dessa maneira. Já em Limite de Caracteres, aparece como alguém que nutre uma ideia extremamente inflada de si, alienado da realidade, que não admite ouvir “não” e que basicamente não tem ideia do que está fazendo.
Sabe aquela pessoa que imagina estar cercada de idiotas e que a única maneira de fazer algo bem feito é mostrando aos “idiotas” como fazer? A sucessão ininterrupta de trapalhadas narrada no livro acaba sendo hilária porque Musk parece viver 100% nesse tipo de fantasia, sem desconfiar que …
"Limite de Caracteres – Como Elon Musk destruiu o Twitter" (Character Limit, 2024, 488 pgs.) é um livro-reportagem sobre o X/Twitter, focado em sua tomada por Elon Musk, escrito pela dupla de repórteres de tecnologia do New York Times, Kate Conger e Ryan Mac.
Adorei a leitura por desmistificar a suposta genialidade desse bilionário. Na biografia autorizada de Musk, de Walter Isaacson, ele é quase endeusado dessa maneira. Já em Limite de Caracteres, aparece como alguém que nutre uma ideia extremamente inflada de si, alienado da realidade, que não admite ouvir “não” e que basicamente não tem ideia do que está fazendo.
Sabe aquela pessoa que imagina estar cercada de idiotas e que a única maneira de fazer algo bem feito é mostrando aos “idiotas” como fazer? A sucessão ininterrupta de trapalhadas narrada no livro acaba sendo hilária porque Musk parece viver 100% nesse tipo de fantasia, sem desconfiar que o idiota talvez seja ele mesmo.
Por exemplo, tendo que mudar um datacenter de lugar, ele não se conforma com os cuidados que precisam ser tomados e o tempo que levaria. Então, decide ele mesmo, com um sobrinho e outros seguidores, enfiar os servidores em caminhões e fazer a mudança. O resultado foi meses de lentidão e falhas no serviço em todo o mundo, até conseguirem consertar a mudança mal feita.
Musk basicamente tenta restruturar o Twitter seguindo a mesma fórmula — de cortes radicais, e ideias espontâneas — com que administra suas outras empresas, “afinal, (o Twitter) é só um site que rola para baixo”. Imagina que seria uma tarefa simples, mas falha miseravelmente, vez após outra. Chega a dar dó de tamanha falta de noção e alienação.
Uma personagem da história também simplifica as empresas do bilionário, dizendo algo como: “A SpaceX é uma questão de física; a Tesla, de fabricação; mas a lógica do Twitter é psicológica e social”. Talvez seja por isso que ele não consegue acertar uma, além do fato de ele mesmo ser um viciado terminal em ficar postando e conferindo reações na plataforma.
Em certo momento, ele não se conforma de que o número de visualizações de cada tweet seu caiu de 20 milhões para seis milhões. Marca reuniões de emergência, demite quem insinua que as pessoas podem estar perdendo interesse nele e termina alterando o algoritmo para que todo mundo que usa a plataforma veja seus tweets. No final, foi mais ou menos para isso que ele pagou o preço inflado de 44 bilhões de dólares — hoje, a empresa desvalorizou 80%.
Uma qualidade do livro é se ater ao formato de reportagem, a dupla de autores evita ficar tecendo comentários. Cada fracasso é descrito de forma até que bastante objetiva, do ponto de vista das pessoas próximas ou que trabalhavam na empresa.
Jamais imaginei que leria uma biografia — muito menos duas! — de Musk. Mas é um personagem tão emblemático da atual distopia — em que existem milhões de fãs de produtos, corporações e até de bilionários — que não resisto.
Li a versão em inglês do livro, cuja tradução será lançada nos próximos dias.