Se eu tivesse demorado um pouco mais teria terminado o livro a exatos 96 anos do fim do livro.
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Um leitor ávido por mistério na adolescência, esperimentando de tudo um pouco agora na adultez, participante do Leia Mulheres Itajaí.
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André rated A máquina do ódio: 4 stars
A máquina do ódio by Patrícia Campos Mello
O relato de uma das maiores jornalistas da atualidade sobre as ameaças à liberdade de imprensa no Brasil e no …
André started reading Lady Killers by Tori Telfer (Crime Scene)
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André rated A máquina do ódio: 5 stars
A máquina do ódio by Patrícia Campos Mello
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André rated À beira mar: 4 stars
À beira mar by Abdulrazak Gurnah (TAG curadoria)
André rated Com armas sonolentas: 4 stars
Com armas sonolentas by Carola Saavedra (Tag 2022, #8)
Um romance polifônico em que o fantástico e o onírico surgem como ferramentas fundamentais para dar conta de situações duras …
André finished reading Com armas sonolentas by Carola Saavedra (Tag 2022, #8)
Content warning Questionamentos sobre partes do final (sem resposta)
Um livro bem enigmático. Fiquei especialmente intrigado com uma passagem no final da Maike. Mas uma construção de narrativa bem curiosa e gostoso de ler.
André finished reading A máquina do ódio by Patrícia Campos Mello
André commented on Com armas sonolentas by Carola Saavedra (Tag 2022, #8)
Yuri Bravos quoted A Elite do Atraso by Jessé Souza
(…) o Ocidente, na sua história, logra institucionalizar duas fontes de toda a moralidade possível: a noção de produtividade para o bem comum, aquilo que confere dignidade para qualquer indivíduo; e a noção de personalidade sensível, em parte criada contra o produtivismo como forma de se inventar narrativamente um novo tipo de ser humano. (…) aquilo que define o que há de mais alto, ou seja, a virtude, nos seres humanos não é apenas sua capacidade produtiva, mas a possibilidade de ser fiel aos próprios sentimentos e emoções mais íntimos. Como esses sentimentos e emoções são, por definição, reprimidos e silenciados para o bem da disciplina e da capacidade produtiva, nós temos que aprender a conhecê-los e expressá-los. (…) Foi o capitalismo financeiro que domou o conteúdo revolucionário do expressivismo e transformou as bandeiras da contracultura em estímulo à produção. Desde então, criatividade passa a ser encontrar soluções ágeis para os dilemas corporativos e sensibilidade passa a ser a habilidade de gerir pessoas. Mais importante ainda, pode-se agora ser expressivista sem qualquer crítica social que envolva efetiva distribuição de riqueza e de poder. Expressivismo, também em país de maioria pobre como o nosso, passa a ser a preservação das matas, o respeito às minorias identitárias e temas como sustentabilidade e responsabilidade social de empresas. O charme dessa posição é que ela “tira onda” de emancipadora, como na luta pelos direitos das minorias e pela preservação da natureza. Esses temas são, na verdade, realmente fundamentais. O engano reside na reversão das hierarquias. Em um país onde tantos levam uma vida miserável e indigna deste nome, a superação da miséria de tantos é a luta primeira e mais importante. (…) Tudo se dá como se esse pessoal “bem-intencionado” morasse em Oslo, e não no Brasil, e tivesse apenas relações com seus amigos de Copenhague e Estocolmo. Para um sueco que efetivamente resolveu os problemas centrais de injustiça social e distribuição de riquezas, não é estranho que se dedique à preservação de espécies raras e faça dessa luta sua atuação política principal. Que um brasileiro faça o mesmo e se esqueça da sorte de tantos seres humanos tão perto dele é apenas compreensível se ele os torna invisíveis.
— A Elite do Atraso by Jessé Souza (65%)
É muito forte essa denúncia central do livro: invisibilizamos os pobres desde a escravidão, mantendo-os na condição subumana de escravos.
E seguimos vivendo como se eles não existissem para outra coisa que não serem explorados e espoliados.