nati noronha reviewed Incendeia-me by Tahereh Mafi
Incendeia-me a decepção distópica
Content warning A resenha em geral, contém spoiler!
OK. Eu já odiei os dois livros anteriores, raios, que livros confusos e mal trabalhados. Como a autora tentasse corrigir uma falha inicial mas só piora no decorrer da saga. Essa falha se chama Aaron Warner, sinceramente, acredito que a escritora odeia a sua protagonista e força o seu queridinho de um modo que eu fiquei chocada. Por exemplo, Tahereh Mafi humilha a Juliette de todas as maneiras possíveis na intenção de mostrar quão foda é o Aaron Warner Anderson. Ela incita gaslighting nas 60 páginas desse livro, eu tive que pausar a leitura por que são cenas fortes de manipulação e dependência emocional. Aaron Warner continua justificando os seus crimes (de novo), ainda faz a Juliette de louca, para ele, jura que a ajudando, na realidade, fez a coitada de refém (de novo).
É nítido que Juliette não é tão respeitada por Mafi. Assim como Bella Swan não é tão respeitada por Meyer. Ambas escritoras odeiam as suas personagens principais quantos idolatram os seus coadjuvantes perturbados, Warner e Jacob. Até agora, eu não consigo entender a babação de ovo acima do Aaron, ele só prejudica a Juliette, a faz sentir culpada, louca e dividida. Ele não a deixa confiante, costuma debochar sobre as divergências de Juliette, ué, meu filho, queria que ela fosse a sua alma gêmea? Que compartilhasse o mesmo neurônio? Está querendo um clone seu? Além de ser um fascista, também é narcisista. Que cara chato, não permite a menina escolher os próprios caminhos nem apontar a incoerência nas suas ações hostis, tive que pausar outra vez para rir dos monólogos dramáticos do Warner. Faltou forçar o choro para ficar comovente o discursinho fascistinha.
A autora tentou consertar o personagem por que no primeiro livro, ele torturou uma criança, está lembrado? Agora, nesse livro, Tahereh Mafi utilizou a desculpa de que foi uma simulação, não sendo real, uma espécie de ilusão. Minha filha, essa desculpa já tinha que ter sido usada no primeiro livro, se quer um anti-herói como par romântico que lhe desenvolva desde o volume 1. O uso do gaslighting me deixou nervosa, não precisava ter feito isso para culpar a personagem principal na finalidade de passar o pano nas atrocidades cometidas por Warner. Juliette tinha ter batido mais nesse imbecil. Repito, a Juju estava muito legal impondo-se sobre o babaca do Warner, infelizmente, a escritora estragou isso instantes depois quando fez a menina virar a vilã da história, desnecessário. Um desperdício de lacração.
Justificativas rasas, tolas e egoístas. Warner alega que estava protegendo Juliette com terror psicológico, a protegendo dos assediadores. Contudo, o próprio rasgou o vestido da coitada e tocou no seu corpo sem o seu consentimento em vários momentos do primeiro livro. Muita incoerência. Logo, nas primeiras páginas de Incendeia-me provoca a impressão que Tahereh esqueceu da Energia do Aaron, teoricamente, seria a Percepção Emotiva. O sociopata justifica as loucuras cometidas contra a personagem feminina como atos de amor, justiça, sei lá o que, ele é um doido da cabeça. Mas se a menina estava assustada e tudo mais, por que, diabos, ele não a ajudou junto com o seu poder da percepção? Não faz sentido. Não tem lógica, nem ele mesmo entende isso. Eu e Warner não entendermos o porquê do seu poder da percepção jamais foi usado naqueles momentos horríveis quais ocorreram no primeiro livro. Poderia ter evitado os acontecimentos traumatizantes SE tivesse usado a percepção. Aliás, o otário já tinha as pesquisas sobre Juliette, sabia dos traumas da coitada e vai lá e a tortura, em seguida, reclama que a coitada ficou MAIS traumatizada? Queria o quê? Um beijo? Sério, gente, esse personagem é um babaquinha, a maneira que ele manipula a Juliette me causa náuseas. Ele desejava que a garota aceitasse essa desculpa podre e o amasse de imediato? Sério mesmo? Ele ficou bravo por que foi rejeitado, ainda surtou com a possibilidade de ela arrumar outro relacionamento amoroso (Kent) ou seguir em frente (com outra pessoa)... Ele se acha a última bolacha do pacote. Não é tão diferente do seu irmão, Adam... Vamos ser sinceros, os filhos de Anderson são podres bem como possessivos, exceto James.
Não gostei do livro ter concentrado nesse cara, ele é um antipático total. Por fim, gostei da Juliette apesar das recaídas pelo loiro fascista, ela mostrou mais posicionamento, força e está se impondo mais. Queria mais a Juju socando e apontando a hipocrisia do Warner do que a Juju pensando em homens bonitos e chatos. Esse chato do Aaron que atrapalha a progressão da minha Juju, estou torcendo muito para ela largar esse bundão e ir dominar o mundo junto com o Kenji.
Vontade de mandar o Warner enfiar “o meu amor” na bunda. Que irritante. Branquelo chato, véi. Muita vontade de quebrar a cara desse Ken Humano.
Kenji é um personagem incrível, ele jantando a Juliette e os irmãos possessivos A&A foi tudo, TU-DO! Eu não suporto a Juliette defendendo o fascista em todos os momentos do livro como tivesse esquecido do terror psicológico sofrido nas mãos desse sociopata. Eu admiro tanto o Kenji Kishimoto, ele teve um passado triste e perdeu muitas pessoas, um órfão de guerra e construiu junto com Castle um lugar para acolher e ajudar as pessoas, revolucionar o mundo... Mas as pessoas têm preferência por Aaron Warner, que não fez absolutamente nada. Babam ovo do cara por que é um branco padrão, o típico bad boy (entre aspas). Kenji merecia mais espaço na história, e prefiro mais as interações dele com a Juju, os outros personagens como Adam e Aaron são insignificantes, cansam a narrativa, odeio as interações da coitada com esses irmãos insuportáveis.
Seriamente, eu entendo a desconfiança do pessoal sobre Warner, um cara que perseguiu e matou muitos inocentes em nome do governo de seu pai. O próprio admitiu que não se importa sequer arrepende dos seus crimes lá no começo do terceiro livro, então, é estúpido a Juliette acusar as pessoas desconfiadas, traumatizadas, de luto, de não confiar no loiro. Mano, não há meios de provar a lealdade do sujeito, lembrando que ele fugiu do Ponto Ômega, abandonou muitos inocentes por egoísmo próprio, passou as informações a respeito das Energias ao pai. Achei ridículo essa parte. Gente, a Juliette jurando que o sociopata estava a ajudando com o uso do trauma dela me assustou, não acredito que Tahereh fosse tão irresponsável ao ponto de anular o sofrimento da menina só para passar pano... Nossa... Que desnecessário... Podre... Horrível... Cadê um personagem sensato para avisá-la de que ela foi refém do cara, que sofre Síndrome de Estocolmo? Que a manipulou? Distorceu os fatos na finalidade de purificar suas torturas psicológicas? Prática de gaslighting? Que torturou os seus amigos? Que matou milhares de inocentes?
Como ressaltei antes, Juliette tem as suas recaídas. Ela, do nada, resolve salvar o mundo, sem um plano nem nada, nenhuma experiência, sem conhecimento. Reclama que ninguém (8 sobreviventes) tem um plano para salvar o mundo, para combater um exército fortemente armado. Ridículo. Podre. Zero noção.
O Adam jantando a Juliette foi um dos meus momentos preferidos, eu quase berrei nessa lacrada, caramba, a menina estava ignorando o fato de que todo mundo PERDEU praticamente TUDO e estava querendo tirar uma solução ex machina da bunda. Repito, o cara quase perdeu o irmão mais novo e a pirralha fala que ele está desistindo (?), minha filha, se você tivesse irmãos, uma família DE VERDADE, entenderia melhor o lado do Kent (continua sendo chato), contudo, sua cabecinha mimada só entende o lado do Warner (que irônico, entende logo um fascista). SÓ o lado do Warner, que o resto se f*, né? Como o Kenji e Adam não tivessem sofrendo, né, minha filha? Só você que sofreu, né, Juliette? A única coitadinha junto com Warner. Primeiramente, eu reuniria as forças, um lugar e suprimentos, antes de retomar a revolução... Mas Juliette discorda, ela quer que todos ataquem da noite para o dia. Sem reforços nem nada. Irracional. O Adam não está errado, se for enfrentar uma guerra as chances têm que ser favoráveis ao lado deles, vocês têm que ganhar. É a lógica da situação, velho, não estou entendendo o surto da Juliette, não estou compreendendo, a bobona está querendo que todo mundo vá lutar desarmado sem suprimento nem estratégia? Contra um exército fortemente armado? A discussão entre os dois foi tão sem sentido, o Adam estava certo e a Juliette estava falando muita besteira. Ela não sabe argumentar como uma pessoa racional, muito fantasiosa, fútil. A guria, nos livros anteriores, não apresentava interesse em ajudar o Ponto Ômega, e nesse livro, de repente, resolveu fazer alguma coisa... PORQUÊ NÃO FEZ ISSO NOS LIVROS ANTERIORES? AO MENOS, DESENVOLVESSE ESSE LADO REBELDE COM MAIS PROFUNDIDADE? Me pareceu uma mudança rápida de personalidade do que desenvolvimento próprio. Nove pessoas indo derrubar um exército de milhões... Surreal... A autora cheirou muita droga para escrever isso.
OK. O Adam me irritou com essas implicâncias em relação ao Aaron. Tenho a sensação que autora fez de propósito, não me soa natural essas implicâncias no meio de uma guerra devastadora, o cara já foi soldado e deveria saber como funciona as coisas... Sei lá, forçado essa parte. Que sujeito dramático, o Adam do primeiro livro só se importava com o irmão... E do nada, o personagem age como o irmão não existisse em Incendeia-me, achei forçado essa troca de personalidade, muita incoerência. Só Kenji se salva nessa continuação.
Estou farta do Aaron quanto Adam lançando pergunta sobre o relacionamento amoroso a Juliette NO MEIO DE UM DEBATE ESTRATÉGICO! TAHEREH, EU NÃO SUPORTO ESSES DOIS, MATE OS DOIS NUMA LUTA OU SUMA ELES NOS PRÓXIMOS LIVROS. A menina preocupada em salvar o mundo, e o infeliz do Warner perguntando se ela ama outro bobão, meu filho, enfia na bunda a sua arrogância e vá se preocupar em derrubar o governo e matar o seu pai. ESSE WARNER É A VERSÃO LOIRA DO ADAM SÓ QUE ASSEADIADOR E TORTURADOR. QUE CHATO. INSUPORTÁVEL. QUERO QUEBRAR A CARA DO ADAM E DO AARON.
COMO A JULIETTE TEM PACIÊNCIA COM ESSES DOIS MACHOS TÓXICOS? Eu já teria os matado com um soco letal, estilhaçado os dois, metido um bala na cabeça dos dois. Botaria fogo neles.
Acho que a Juliette também tinha que falar logo que não gosta de ninguém, só estava ficando, pegando os dois, né? Ela só tem 17 anos, novinha demais para saber o que é amor, tem que aproveitar a vida mesmo. Não a culpo, compreendo as suas indecisões, porém, ela tinha que ser sincera, parar de iludir os dois bundões perseguidores.
Adam chato. Velho, o cara discutindo o relacionamento na frente de todo mundo foi ridículo. Quebrava a cara dele. Desgraçado. Maldito.
Adam e Warner brigando para Juliette ficar ou ir embora é ridículo, como a menina não tivesse escolha, personalidade própria. Acho hipocrisia o pessoal cancelar o Adam mas babar o ovo do Warner, que está fazendo a mesma coisa. Nossa... São os piores pares românticos da história. Eles são chatos, a chatice dos dois deve ser genética, está no DNA, afinal, são irmãos.
Autora cometeu um furo de roteiro em relação a Energia de Adam. Afinal, o cara tem o poder de anular os poderes das pessoas, como o Warner conseguiu usar o poder dele (supõe que ele usou a superforça da Juju) se Adam pode anular? Tahereh, minha filha, pare forçar o favoritismo acima do Aaron, está óbvio demais... Achei essa cena patética. Horrível.
O WARNER PERGUNTANDO O QUE A JULIETTE ACHA DE TÃO INCRÍVEL NO KENJI. Meu filho, o Kenji é uma das melhores pessoas que já conheci nesse livro, forte e gentil, engraçado, cuidou e apoiou a Juliette, ele não a torturou nem manipulou os seus sentimentos sequer invadiu a privacidade da menina. Por isso que ele é incrível. Ele não precisa ser arrogante para justificar os seus atos, só fala verdades. Quem gosta do Warner nem gosta do Kenji de verdade (minha opinião)... Lembrando que Aaron o feriu de propósito, ele nem pediu desculpas.
SIM, KENJI, SE CHAMA HORMÔNIOS! A ÚNICA EXPLICAÇÃO DE A JULIETTE AGIR ASSIM SÃO OS HORMÔNIOS. MANO, EU MORRI DE RIR NESSA CENA.
Sério, Kenji é perfeito.
Que o mundo inteiro se exploda menos Kenji Kishimoto.
OK. Comentei lá em cima a mudança súbita de personalidade de alguns personagens, no caso do Kent, tipo, foi repentino, ele arriscou a sua vida para salvar a de Juliette, e do nada, ficou babaca e burro. Autora fez isso só para gostarem do Warner, é isso mesmo? Eu continuo odiando os dois independente da situação, ambos são babacas mas a protagonista, infelizmente, termina com um deles (lógico que vai terminar com o cara que a torturou, não tem mistério).
Por que o idiota do Warner não ajudou desde que começou a treta do Adam? Sério mesmo? ELE TINHA UMA BASE DE TREINAMENTO PRIVADO! TEM ARMAS! NOSSA! A JULIETTE É MUITO TOLA EM NÃO TER USADO O WARNER E O AARON É UM INÚTIL. SÓ AJUDA QUANDO A MENINA ESTÁ NO LIMITE. ELA TEVE QUE SE AJOELHAR PARA O BABACÃO AJUDAR. ELE NÃO AMA A JULIETTE. ELE A VÊ COMO UM TROFÉU. Morri de raiva nessa parte, me deu tontura.
Juliette, você se humilhou para esse palhaço fazer algo útil... Não sei como gostam desse cara, ele é tão desprezível. ELA TEVE QUE SE HUMILHAR PARA TER UM PLANO. Não vi nenhum empoderamento feminino nessa bagunça, só vergonha alheia. Warner não é uma pessoa boa, minha filha, se fosse, já teria ajudado faz tempo. E o Warner continua questionando a Juliette a respeito da lealdade acerca do grupo de sobreviventes como ele fosse um santo imaculado, lutado contra o fascismo há anos, patético os questionamentos quanto a desconfiança de Warner. Pois, nesse caso, o desleal é ele, o traidor é ele, o possível babaca é ele. REPITO, PORQUÊ GOSTAM TANTO DESSE CARA? NÃO CONSIGO ENTENDER, TIPO, ELE NÃO FEZ ABSOLUTAMENTE NADA.
O Warner recusou entregar as armas aos rebeldes, não colaborou tanto no plano (suicida) da Juliette, tampouco prestou informações sobre a geografia local sequer revela os pontos fracos do Reestabelecimento. Apenas faz comentários desagradáveis, debocha dos outros nem estratégia eficiente ele tem, então, porquê está fazendo aí, meu filho? Sai fora, então. Inútil. Faz que nem o Adam, não participe. ELE É TÃO DESNECESSÁRIO NA TRAMA. Continuando, o idiota reclama das declarações de amor vindas da coitada, só gostava da coitada quando ela se fazia de difícil ou era comprometida com o otário do Adão? Odeio esse tipo de personagem, assim: W: Quero te comer. J: Hm, tá bom. W: Você ouviu bem? Eu quero te comer. J: Sem problemas, de boas. W: VOCÊ NÃO PODE ACEITAR ISSO! NÃO PODE ME AMAR! NÃO PODE ME ACEITAR ISSO TÃO FÁCIL! SOFRI MAIS QUE JESUS E BATMAN JUNTOS! VOCÊ NÃO ME MERECE! SOU LINDO, OLHA COMO EU ESTOU SOFRENDO! J: Cal-calma... W: VOCÊ É CRUEL, COVARDE (um monte de adjetivo mimimi)! J: '-' Pow, nem uma sentada? W: NAKSLSLSLWLSLSLSLSSLALLOSOSLS (meme do incel chorando).
É. Isso aconteceu mas em outras palavras, um mimimi poético. Quase teorizei que o Warner seria um incel ao ler os seus diálogos dramáticos (culpando a menina por amar ele). Nossa, que irritante, viu.
TÁ. O PLANO. UAU. UAU. UAU. PLA PLA PLA PLANO? QUÊ PLANO? ISSO NÃO SE CHAMA PLANO... O NOME DISSO É IMPROVISO. AHAM.
Eles (os 9 sobreviventes) improvisaram um plano PODRE e INCOERENTE. Foi um improviso, da noite para o dia, um improviso que derrubou o estado fascista. Uau. Não me convenceu de jeito nenhum, Tahereh. A mulher podia ter escrito mais um livro sobre esse plano, desenvolvesse esse lado rebelde da Juliette (e matar logo os seus pares (inúteis) românticos), mas não, acelera esse processo sem construção alguma.
Muito acelerado. OK. A pior parte nem é essa, respiro fundo... OK, um bando de jovem escolheu uma adolescente de 17 anos, despreparada, para ser uma comandante supremo. Tipo, oi? Eu pensei que eles iriam mudar o modelo de governo, decretar o presidencialismo outra vez... Trazer a democracia novamente. MAS NÃO! Vão manter o fascismo, só que desta vez com uma adolescente despreparada no poder, sem voto popular. Acho uma ofensa chamar essa trilogia de distopia por que NÃO É. NEVER. NEVER. NUNCA. JAMAIS. NÃO. DE JEITO NENHUM. NÃO HÁ MUDANÇA POLÍTICA. Eu tive que pausar a leitura por um tempo, não consegui engolir essa cena, nem Castle contestou. Sinceramente, achei injusto com Castle, um cara que construiu um lugar qual abrigava mais de cem refugiados de guerra, possuía uma tecnologia de ponta, uma Energia incrível, sendo deixado de lado, aliás, é um homem preto, líder do Ponto Ômega, amoroso e gentil, odiei o que fizeram com ele. Tahereh perdeu uma p* oportunidade de representatividade nessa parte. Era para ele ser o comandantes supremo ou ao menos, requerer mudança política e não uma branca de 17 anos, que não sabe de nada sobre administração pública nem da vida. C: Tá, minha filhota, COMO VOCÊ VAI FAZER ISSO? J: eU CoNfIo eM mIm ;)
Sim, ela literalmente respondeu assim. Sem conflito, meteu essa.
Um cara de vinte e sete anos mais velho que a protagonista, se rendendo de uma forma tão humilhante. Nem um debate eles tiveram. Não ocorreu um choque de realidade. Simplesmente, meteram uma pirralha no poder.
NEM KATNISS DE JOGOS VORAZES ERA ASSIM! Ela era apenas o símbolo da revolução, o rosto simbólico, a propaganda juvenil, MAS JAMAIS DAVA PITACO NOS ASSUNTOS POLÍTICOS, não tomava decisões ou partido nos temas debatidos. Mas Juliette se acha a experiente, e vai lá faz o impossível acontecer. FORÇADO!
Nem Katniss nem Tris de Divergente tomavam essas decisões. A saga Estilhaça-me é uma vergonha distópica, superestimada.
OK. O W continua no mi-mi-mi insuportável por que a menina pediu um tempo para refletir (pessoal, ela SÓ tem 17 anos). Ele ainda se acha que tem propriedade de falar sobre o amor, mano, VOCÊ TORTUROU UMA GAROTA DE 17 ANOS E JURA QUE A AMA, DEPOIS RECLAMA QUE É RECÍPROCO. O QUE VOCÊ QUER DA VIDA, LOIRO FASCISTA?
Enjoada que apesar de uma revolução aleatória, a menina continua falando o quanto Aaron é gostoso. EU JÁ ENTENDI, GURIA. JÁ DEU. Nem para desenvolver mais a parte política a autora quis, desperdiçou nas descrições ELE É LINDO UAU COMO É UM GATO LEVANTANDO PESO FAZENDO EXERCÍCIOS UAU SOCORRO. A autora tinha que dar espaço aos demais personagens invés de ficar falando o quanto seu queridinho A.W. é perfeito, por exemplo eu amaria ver mais os poderes do Brendan em ação, no primeiro livro revela que ele também não pode tocar igual a Juju, porém, esse detalhe some nos demais livros, ou seja foi desperdício de personagem interessante. Imagina as cenas dele com a Juliette falando sobre tocar as pessoas sem ferir elas? Eu necessito de uma fanfic dos 2 juntos, aliás, os dois têm a mesma idade, até se entenderiam.
Brendan, o meu injustiçado garoto elétrico. Ele não tem o favoritismo da Tahereh, não tem destaque, não tem Juliette, MAS TEM O POVO!
Depois de muita palhaçada romântica, Warner e Adão tiveram uma conciliação porca, sendo então revelado a irmandade dos três: dois A chatos e o fofo do James. Caramba, eu fiquei meio esperançosa em relação ao desenvolvimento na relação dos irmãos, porém, a autora só prioriza o romance e o Aaron Chato Warner. Que saco.
Vocês devem estar esperando a minha reação descrita quando cheguei na parte do (improviso) plano colocado em prática. Bom, teoricamente, a Juliette recruta os seus inimigos desarmados (soldados que servem ao Restabelecimento) por meio de um discurso político... Ou seja, uma campanha eleitoral, foi muito wft? essa cena. J: Iai, gado, beleza pura? Vou te contar um segredo, sabe qual? Que esse governo é um cocô, tamos morrendo de fome e a gasolina está em alta, tudo caro, bora derrubar B0ls0n4r0. Os soldados: Hmm, vamo votar nela? Ela parece legal :D Não parece político fazendo promessa, uau!
Gente, a menina discursou igual político corrupto, ditando as palavras óbvias e promessas patéticas sem um projeto consolidado. Se a história passasse no Brasil, ela viraria presidente, facilmente. Mas, a história se passa em um continente dominado pelo fascismo, controlado por um governo autoritário, que manipula os seus soldados junto com a população... A Juliette ter conseguido recrutar o Setor 45 inteiro foi ilógico, fácil e simples. OK, eles tiveram 5 (CINCO!) meses para improvisar o plano, contudo, a ideia era só fazer politicagem, SÓ ISSO. E conseguiu.
Por fim, a Juliette virou o SuperMan, tem uma cena final meio Matrix em que as balas não penetram a sua pele, só fazem carinho nela, ela cospe bala até. Podre. Nenhum momento dos livros anteriores faz alusão a pele impenetrável somente a superforça. É raso a questão das Energias, fica parecendo só ela e Aaron que tem poderes secundários e o resto é bijuteria comprada na SHEIN. Podre. Horrível. Trágico.
Beleza. Tudo corre tão fácil, sem problemas, só moleza. Anderson, o """"""""grande""""" vilão do livro morre com disparos contra a sua cabeça. Em poucas páginas, não há explicações acerca das consequências. Não há consequências. É uma fanfic mal escrita. A menina derrubou o governo de um CONTINENTE, A CAPITAL... COM UM IMPROVISO.
E termina assim. Eu não tenho vontade de ler a continuação depois disso, tão sem noção a maneira que encerrou, como fosse OK derrubar um estado fascista com NOVE pessoas. E É UM CONTINENTE, GENTE. NÃO É UM PAÍS MAS UM CONTINENTE.
Não entendi nada a respeito do universo da fanfic, mas tudo é centrado nos continentes. Uma pirralha de 17 anos está governando um CONTINENTE, tipo, what?! Fucking CONTINENTE! UMA ADOLESCENTE, VELHO! Não sei se lerei os próximos livros, me deu zero ânimo após de ocorrer essa piada de péssimo gosto. Tahereh Mafi me decepcionou demais, olha que gosto do livro Oceano Entre Nós, ela não é uma escritora ruim somente os livros distópicos não são o seu forte, romances sim. Espero que ela tenha amadurecido desde 2013, porque, meu pai do céu, saga ruim demais da conta. Muito ruim. Superestimada. Se você espera um universo bem construído com personagens bem construídos, Estilhaça-me não é para você, pois, é uma saga que só foca a cabeça da protagonista que não evolui, demais personagens não são apresentados com decência. Não é um livro de distopia, na verdade, trata-se de um livro de romance adolescente (para não dizer aleatório).
Estilhaça-me é um suco genérico: Garotas rebeldes divididas em triângulos amorosos inexistentes, poderes mágicos e um vilão que aparece em cinco segundos, personagens secundários carismáticos que são pouco aproveitados. Todos os acontecimentos do livro são resumidos em homens bonitos mas vazios e só. Beijos. Briga de namoro. Beijos. Uma cena rápida treinando. Nenhuma citação do que está acontecendo lá fora. Estilhaça-me é um BBB mental, só concentra dentro da cabeça de Juliette, limita-se expandir os arredores da trama ou trabalhar no amadurecimento de uma adolescente.
Um suco que alguns gostam e outros odeiam, o restante se sente indiferente ao sabor por que é genérico. Entretenimento raso. Sem aprofundamento. Estilhaça-me encerrou para mim, nesse terceiro livro, como horrível, decepcionante. Obviamente, entrou na minha lista de piores sagas literárias.
ZERO ESTRELAS.
P.S: Ainda não entra na minha cabeça que os soldados durante o discurso de Lula, estavam desarmados. Só se Warner tenha ordenado (mas ele não cita como uma ordem, e sim, como algo rotineiro, incoerente demais, os soldados andarem desarmados depois de terem enfrentado a guerra há cinco meses atrás).
P.S²: Sério, mesmo... UMA GAROTA DE 17 ANOS ESTÁ GOVERNANDO UM CONTINENTE! Ninguém contestou... Ninguém.