Não sei pra quem é esse livro
3 stars
A editora diz que esse é leitura obrigatória para fãs de Fahrenheit 451, mas não é. É uma coletânea com dezesseis histórias curtas, algumas delas disponíveis em outros volumes da mesma editora, que ainda estão em catálogo e fáceis de encontrar nas livrarias. "Os feiticeiros loucos de marte" e "Para o futuro" são versões de "Exilados" e de "A raposa e a floresta" que estão em "O homem ilustrado". "O carnaval da loucura" é "Usher II" das Crônicas marcianas.
Outros contos foram novidade para mim, e eu gostei dos primeiros (Reencarnado e Pilar de Fogo) que mostram pessoas voltando da morte. "A Biblioteca" e "Fênix Brilhante" são sobre bibliotecas queimadas, e o segundo mostra as pessoas que reagem. Esses dois e "O pedestre" tem tudo a ver com o que a coletânea promete, vale a pena conhecer.
"Muito depois da meia noite" e "O bombeiro" são duas versões da mesma …
A editora diz que esse é leitura obrigatória para fãs de Fahrenheit 451, mas não é. É uma coletânea com dezesseis histórias curtas, algumas delas disponíveis em outros volumes da mesma editora, que ainda estão em catálogo e fáceis de encontrar nas livrarias. "Os feiticeiros loucos de marte" e "Para o futuro" são versões de "Exilados" e de "A raposa e a floresta" que estão em "O homem ilustrado". "O carnaval da loucura" é "Usher II" das Crônicas marcianas.
Outros contos foram novidade para mim, e eu gostei dos primeiros (Reencarnado e Pilar de Fogo) que mostram pessoas voltando da morte. "A Biblioteca" e "Fênix Brilhante" são sobre bibliotecas queimadas, e o segundo mostra as pessoas que reagem. Esses dois e "O pedestre" tem tudo a ver com o que a coletânea promete, vale a pena conhecer.
"Muito depois da meia noite" e "O bombeiro" são duas versões da mesma história, que depois se transformariam em Fahrenheit 451. Cada uma tem mais ou menos noventa páginas e são muito parecidas, com os acontecimentos principais na mesma ordem e os mesmos personagens, mas com pequenas diferenças em trechos que podem alterar um pouco a caracterização do Montag. Mas acho que se a pessoa chega a esse ponto de ler várias versões de uma história pra ficar cotejando como o autor escreveu cada parágrafo, e o que escolheu revisar ou manter, talvez fosse melhor estudar o material no idioma original.
Então não sei pra quem esse livro seria indicado. Pra quem não leu os contos do Bradbury, tem opções melhores, comece pelo Homem ilustrado. Pra quem já leu os outros livros, é muita repetição.