Chu reviewed BelHell by Edyr Augusto Proença
Até o governador no bolso
4 stars
Belhell foi uma ótima surpresa propiciada pelo Clube do Multiverso. Leitura escolhida para Fevereiro, o livro retrata um submundo da capital paraense repleto de violência. Tem o charme das obras de gangsta e máfia, mas com um sabor tropical inconfundível, onde o poder, o vício e a corrupção não colaboram em nada para adoçar os infernos particulares dos protagonistas.
A narrativa é ágil, tão ágil que não há espaço sequer pra marcações de diálogos, localização e pontuação. Isso causa um estranhamento inicial, mas que logo é superado, colocando o leitor num frenesi digno de filme de ação. Aliás, este livro daria uma boa adaptação cinematográfica, aos moldes de Cidade de Deus, com histórias de grandes ascenções e quedas vertiginosas. Destaque para as cenas nos cassinos ilegais onde obviamente os ricos entediados tem seus bolsos esvaziados pelos profissionais das cartas em troca de um pouco de emoção e adrenalina.
Algumas partes …
Belhell foi uma ótima surpresa propiciada pelo Clube do Multiverso. Leitura escolhida para Fevereiro, o livro retrata um submundo da capital paraense repleto de violência. Tem o charme das obras de gangsta e máfia, mas com um sabor tropical inconfundível, onde o poder, o vício e a corrupção não colaboram em nada para adoçar os infernos particulares dos protagonistas.
A narrativa é ágil, tão ágil que não há espaço sequer pra marcações de diálogos, localização e pontuação. Isso causa um estranhamento inicial, mas que logo é superado, colocando o leitor num frenesi digno de filme de ação. Aliás, este livro daria uma boa adaptação cinematográfica, aos moldes de Cidade de Deus, com histórias de grandes ascenções e quedas vertiginosas. Destaque para as cenas nos cassinos ilegais onde obviamente os ricos entediados tem seus bolsos esvaziados pelos profissionais das cartas em troca de um pouco de emoção e adrenalina.
Algumas partes são bastante incômodas de ler, principalmente os assassinatos praticados pelo Sérgio, um médico plantonista e serial killer nas horas vagas. Mas também nada tão brutal quanto assistir aos programas policiais da Record por exemplo.
Os personagens são bem marcados, mas acho na pressa de fazer as coisas acontecerem alguns detalhes ficam pelo caminho. Queria mais, mas não dá para ter tudo, e talvez o segredo seja mesmo saber a hora certa de parar. Ir além, como a trama mostra muito bem, pode significar a ruína e o esquecimento. Gil, Marollo e Paula vão deixar saudades. Paulo, Bronco e Sérgio nem tanto...