piuvas rated O Homem do Castelo Alto: 5 stars
O Homem do Castelo Alto by invalid author
The Man in the High Castle is an alternate history novel by American writer Philip K. Dick. Published and set …
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The Man in the High Castle is an alternate history novel by American writer Philip K. Dick. Published and set …
um romance real e inovador. o livro inverte a comum visão animalesca do proletariado (pense aluísio de azevedo) com chocantes visões da burguesia brasileira recém industrial, tendo sempre como plano de fundo a movimentação dos operários (curiosamente, o título da obra da tarsila do amaral do mesmo ano).
uma obra importantíssima para que seja entendida a industrialização brasileira, o desenvolvimento de cidade de são paulo e o processo de radicalização que permeava os sindicatos da época.
Nascido em tom de esperança, Parque industrial foi escrito em 1932, quando Pagu tinha 22 anos, e publicado no ano …
Um dos mais notáveis economistas do mundo reúne em obra sintética e acessível seus principais argumentos sobre a marcha rumo …
esse livro tem o ritmo de um desenho da hanna-barbera com temas divertidos e ainda uma chuva de nomes da flora e fauna brasileira. se você não se preocupar com se sentir burro por não saber umas espécies aleatórias de plantas é uma história bem rápida, preenchida por descrições folclóricas e críticas sutis.
Creio que qualquer coisa que escreva aqui sobre a obra seja redundante: ela fala por si só. Quarto de Despejo é o relato poético e duro de Carolina de Jesus sobre a mazela dos mais vulneráveis. Moradora da favela do Canindé (SP), posteriormente desapropriada para a construção da Marginal Tietê, Carolina descreve em seu diário sua luta cotidiana para garantir a sobrevivência de sua família (ela e seus 3 filhos pequenos) a partir de seu trabalho como catadora de papel e ferro. É um relato duro, pesado, sobre um cotidiano de fome, sobre a violência, o racismo estrutural, a gentrificação, a falência das políticas sociais, e o papel da mulher numa sociedade patriarcal. Muitas vezes usando frases curtas e embebidas em lirismo, Carolina de Jesus dá voz a dor invisível dos moradores das favelas metropolitanas, trazendo humanidade e complexidade a indivíduos que a grande mídia costumeiramente retrata como uma massa …
Creio que qualquer coisa que escreva aqui sobre a obra seja redundante: ela fala por si só. Quarto de Despejo é o relato poético e duro de Carolina de Jesus sobre a mazela dos mais vulneráveis. Moradora da favela do Canindé (SP), posteriormente desapropriada para a construção da Marginal Tietê, Carolina descreve em seu diário sua luta cotidiana para garantir a sobrevivência de sua família (ela e seus 3 filhos pequenos) a partir de seu trabalho como catadora de papel e ferro. É um relato duro, pesado, sobre um cotidiano de fome, sobre a violência, o racismo estrutural, a gentrificação, a falência das políticas sociais, e o papel da mulher numa sociedade patriarcal. Muitas vezes usando frases curtas e embebidas em lirismo, Carolina de Jesus dá voz a dor invisível dos moradores das favelas metropolitanas, trazendo humanidade e complexidade a indivíduos que a grande mídia costumeiramente retrata como uma massa amorfa. Como mais uma prova do racismo e da injustiça, ainda que a obra de Carolina seja hoje considerada um dos maiores livros da literatura brasileira, em vida ela nunca recebeu (principalmente financeiramente) o reconhecimento do sucesso internacional de seu livro. Lembrar e cultuar Quarto de Despejo é também uma forma de lembrarmos como a narrativa de uma mulher pobre e negra foi usurpada pela branquitude de sua época. Esse livro deveria ser, em minha humilde opinião, leitura obrigatória em escolas. Ele traz luz a um Brasil incômodo, mas que tristemente é ainda tão real.
as distopias costumam ser associadas com um governo totalitário controlando uma massa de pessoas.
o que me interessa mais nesse livro é a construção de uma opressão por parte do próprio povo: o desinteresse por buscar conhecimento, que surge das mídias de massa, torna-os ignorantes.
o final da história é particularmente emocionante.
apesar da abstração dos animais ser similar à de "a revolução dos bichos", a temática se difere drasticamente ao abordar o desenvolvimento da ditadura militar no brasil. a eugenia também tem espaço significativo nas discussões dentro da obra.
a linguagem é acessível, mas é fácil se perder dentro dos diversos nomes e histórias que se desenrolam no decorrer da obra.
essa é uma daquelas obras que lembra clássicos da literatura brasileira. com uma inspiração clara no regionalismo dos modernistas, porém com um cenário puxado para os anos 70. a narrativa é construída com perfeição e a realidade dolorosa é suavemente sustentada pela espiritualidade.
esse livro é um romance ousado de uma autora apaixonada. a narrativa romântica conta com a temática abolicionista quase anacrônica, anos antes de castro alves, e se mostra um protesto sorrateiro quando analisada juntamente à autora.
"Era horrível ser negra e não ter controle sobre a minha vida. Era brutal ser jovem e já estar treinada para ficar sentada em silêncio ouvindo as acusações feitas contra a minha cor sem chance de defesa."
a obra traz uma visão nítida das relações raciais no período entreguerras e ensina como a voz pode transformar um mundo injusto.