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Yuri Bravos

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Cavalo doido cavalo de pau

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Isaac Asimov: O cair da noite (Portuguese language, Editora Aleph) No rating

O planeta Lagash está às vésperas da primeira noite de sua história recente. Um grupo …

– Com certeza. Existe certo fascínio em ficar assustado quando faz parte de um jogo. Um bebê nasce com três medos instintivos: de barulhos altos, de quedas e da ausência de luz. Por isso acham tão divertido pular e gritar “bu!” para assustar alguém. É por isso que é tão divertido andar de montanha-russa. E foi por isso que esse Túnel do Mistério começou a dar dinheiro. As pessoas saíam daquela Escuridão trêmulas, ofegantes, meio mortas de medo, mas continuavam pagando para entrar. – Espere um pouco, eu me lembro agora. Algumas pessoas saíram mortas, não foi? Houve boatos sobre isso depois que fecharam. – Ora bolas! – bufou o psicólogo. – Duas ou três morreram. Isso não foi nada! Eles subornaram as famílias dos mortos e convenceram o Conselho da cidade de Jonglor a esquecer. Afinal de contas, disseram, se as pessoas com coração fraco querem entrar no túnel, é por conta e risco delas e, além do mais, não aconteceria de novo. Então colocaram um médico na recepção e fizeram todos os clientes passarem por um exame físico antes de entrar no carro. Isso na verdade aumentou a venda de entradas. – Bem, e daí? – Veja bem, tinha outra coisa. As pessoas às vezes saíam em boas condições, a não ser pelo fato de que se recusavam a entrar em locais cobertos... qualquer tipo de lugar coberto, inclusive palácios, mansões, apartamentos, cortiços, casas de campo, cabanas, choças, alpendres e tendas. Theremon pareceu chocado. – Quer dizer que elas se recusavam a sair do espaço aberto? Onde dormiam? – Ao ar livre. – Deviam ter sido forçadas a entrar. – Ah, elas foram, elas foram. Diante disso, essas pessoas entravam em uma crise histérica violenta e faziam o melhor que podiam para bater a cabeça contra a parede mais próxima. Quando alguém obrigava essas pessoas a entrar em algum lugar, não conseguia segurá-las lá sem uma camisa de força ou uma dose pesada de tranquilizante. – Deviam estar loucas. – É exatamente isso. Uma em cada dez pessoas que entravam no túnel saía desse jeito. Chamaram os psicólogos e fizemos a única coisa que era possível. Fechamos a exibição. – Ele fez um gesto largo com as mãos. – Qual era o problema com essas pessoas? – Essencialmente, o mesmo problema que havia com você quando achou que as paredes da sala estavam se fechando sobre você no escuro. Existe um termo psicológico para o medo instintivo da ausência de luz que o ser humano sente. Chamamos isso de “claustrofobia” porque a ausência de luz sempre está relacionada a lugares fechados, de forma que o medo de uma coisa é o medo de outra. Entende

O cair da noite by  (33%)

É interessante pq é um medo primordial sendo exagerado pela presença ostensiva de luz e sua súbita ausência torne a reação agudissima. #Acrônica

Isaac Asimov: O cair da noite (Portuguese language, Editora Aleph) No rating

O planeta Lagash está às vésperas da primeira noite de sua história recente. Um grupo …

Alguns dizem que ocorrem chuvas de fogo periódicas, alguns dizem que Lagash atravessa um sol de tempos em tempos, outros dizem coisas ainda mais extravagantes. Mas existe uma teoria, bem diferente de todas essas, que vem sendo transmitida há alguns séculos. – Eu sei. O senhor está falando desse mito das “Estrelas” no Livro das Revelações dos cultistas. – Exatamente – retomou Sheerin com satisfação. – Os cultistas dizem que, a cada dois mil e cinquenta anos, Lagash entra em uma caverna enorme, fazendo com que todos os sóis desapareçam e uma escuridão total cubra o mundo inteiro! Depois disso, segundo eles, aparecem umas coisas chamadas Estrelas, que roubam as almas dos homens e os transformam em brutamontes irracionais, e assim eles destroem a civilização que eles próprios construíram. Claro que os cultistas misturam tudo isso com um monte de noções místico-religiosas, mas essa é a ideia central.

O cair da noite by  (2123%)

Um muito com seis sóis entra em colapso quando encontra a escuridão. Uma premissa bem inesperada. #Acrônica

Isaac Asimov: O cair da noite (Portuguese language, Editora Aleph) No rating

O planeta Lagash está às vésperas da primeira noite de sua história recente. Um grupo …

– Você percebe, claro, que a história da civilização em Lagash demonstra um caráter cíclico... mas quero dizer cíclico! – Eu sei que essa é a corrente arqueológica atual. Já foi aceita como fato? – respondeu Theremon com cautela. – Quase. Neste último século foi considerada consenso geral. Esse caráter cíclico é, ou melhor, era um dos grandes mistérios. Localizamos uma série de civilizações, nove delas com certeza, e indicações de outras também, que atingiram auges comparáveis ao nosso, e todas, sem exceção, foram destruídas pelo fogo no ápice de sua cultura. “E ninguém conseguia dizer por quê. Todos os centros de cultura foram totalmente aniquilados pelo fogo sem deixar nada que desse uma pista da causa.”

O cair da noite by  (21%)

Mistérios da meia noite. #Acrônica

J. Sheridan Le Fanu: Carmilla - A vampira de Karnstein (Hardcover, 2021, Pandorga)

Essa edição traz a primeira vampira da história e também a primeira história de vampiro …

De fato, uma vítima do seu sucesso

Por ter sido o primeiro conto de vampiro e o que deu o tom para praticamente todas as autras histórias com esse mito, ler Carmilla hoje é como assistir um filme de terror antigo: você já espera todos os sustos.

Mas teve sua graça, é uma leitura em que se conta com a inocência sendo manipulada, sem nunca se desconfiar que está sendo usada – mesmo que às vezes esteja claramente enunciado kkkk – ou que algo de mal acontecerá.

É bem fácil de observar o gótico literário.

Isaac Asimov: Trilogia Fundação (Hardcover, Portuguese language, 2019, Editora Aleph)

Baseada no clássico Declínio e queda do Império Romano, de Edward Gibbon, a trilogia sedimentou …

Um diminuendo formidável

Foi a segunda vez que tentei ler A Fundação. Nessa, notei que havia lido todo o primeiro livro e cerca de metade do segundo. Mas na época li muito entrecortado e não consegui captar bem a história.

Agora sinto que sim, consegui absorvê-la. O primeiro livro é formidável: a premissa de um futuro manifesto calculado, do qual será impossível desviar se se for suficientemente ignorante é muito boa. Vemos as coisas se desdabrarem de forma social e econômica, enquanto agentes individuais podem fazer pouco, se são incapazes de "ler os sinais dos tempos".

O segundo volume entra a figura do Mulo e bagunça um tanto quanto às coisas. É bom, mas ainda fica sob a sombra do primeiro volume.

O terceiro se debruça na busca da Segunda Fundação que tem um papel mais místico. Aqui a coisa dá um novo resplendor por se ver, novamente, as grandes ações de massa. …

J. Sheridan Le Fanu: Carmilla - A vampira de Karnstein (Hardcover, 2021, Pandorga)

Essa edição traz a primeira vampira da história e também a primeira história de vampiro …

"As duas damas que mencionei aproximaram-se, e a mais jovem tomou assento ao lado de minha protegida. Sua acompanhante postou-se perto de mim e dirigiu algumas palavras à jovem, em voz baixa. “Valendo-se do privilégio da máscara, ela se virou para mim, e no tom de uma velha amiga, e chamando-me por meu nome, entabulou uma conversa comigo. Isso aguçou minha curiosidade. Ela mencionou várias ocasiões em que me encontrou, na Corte e em casas eminentes. Ela aludiu a pequenos incidentes que pensei ter esquecido, mas que estavam apenas guardados na memória, pois voltaram à vida com sua simples menção. “Fiquei mais e mais curioso em saber quem era. Ela esquivou-se com elegância e simpatia a minhas tentativas de descobrir sua identidade. O conhecimento que demonstrava sobre várias passagens de minha vida era inexplicável. Parecia ter prazer em frustrar minha curiosidade e ver-me enredado em perplexidade, indo de uma conjectura a outra.

Carmilla - A vampira de Karnstein by  (63%)

@[email protected] um ou dois capítulos antes, um mascate corcunda passou vendendo amuletos contra vampiros e a personagem principal e A VAMPIRA compram.

Daí uma noite a personagem principal vê a vampira no seu quarto e no outro dia comenta isso com a vampira (sem saber, claro, que ela o é) e ela fala que o amuleto é ótimo e mete esse migué kkkkkkk

J. Sheridan Le Fanu: Carmilla - A vampira de Karnstein (Hardcover, 2021, Pandorga)

Essa edição traz a primeira vampira da história e também a primeira história de vampiro …

Eu não admitia estar doente e não consentia em contar a meu pai, ou em chamar o médico. Carmilla tornou-se mais devotada a mim do que nunca, e seus estranhos paroxismos de lânguida adoração ficaram mais frequentes. Ela me fitava com ardor crescente enquanto minha força e meu ânimo se esvaíam, e esse aparente vislumbre de insanidade me chocava. Sem saber, encontrava-me já num grau avançado da mais estranha doença que um mortal pode sofrer. Os primeiros sintomas traziam consigo um fascínio inexplicável, que fez com que eu me resignasse à fraqueza extrema daquele estágio da moléstia. Tal fascínio aumentou até o momento em que foi permeado por uma sensação de horror, aprofundando-se até obscurecer e perverter toda a minha vida.

Carmilla - A vampira de Karnstein by  (4647%)

Muito gótica essa dicotomia, essa mistura de doença, fascínio, languidez e horror.

J. Sheridan Le Fanu: Carmilla - A vampira de Karnstein (Hardcover, 2021, Pandorga)

Essa edição traz a primeira vampira da história e também a primeira história de vampiro …

– Como acha que o amuleto funciona? – perguntei. – Ele deve ter sido fumigado ou banhado com alguma droga, e é um antídoto contra a malária – ela respondeu. – Então ele age apenas sobre o corpo? – Certamente. Ou você acha que os espíritos malignos são afugentados por um pedaço de fita, ou pelos perfumes vendidos por um boticário? Não, essas moléstias, vagando pelo ar, atacam primeiro os nervos e então infectam o cérebro, mas, antes que possam dominar o corpo, são repelidas pelo antídoto. Estou certa de que é como o amuleto age. Não há nada de mágico, é apenas algo natural.

Carmilla - A vampira de Karnstein by  (46%)

Olha a ousadia! Kkkk é malária que passa a noite sugando o sangue alheio?!

J. Sheridan Le Fanu: Carmilla - A vampira de Karnstein (Hardcover, 2021, Pandorga)

Essa edição traz a primeira vampira da história e também a primeira história de vampiro …

Acordei com um grito. O aposento estava iluminado pela vela acesa, e vi aos pés da cama uma figura feminina parada, um pouco para a direita. Usava um vestido solto escuro, e os cabelos cobriam-lhe os ombros. Um bloco de pedra não poderia estar mais imóvel. Não havia o menor sinal de respiração. Enquanto eu a olhava, a figura pareceu mudar de lugar, aproximando-se da porta. Quando chegou lá, a porta abriu-se e ela se foi.

Carmilla - A vampira de Karnstein by  (4442%)

Aqui ela já está usando celeridade e logo antes usou metamorfose (protean).

J. Sheridan Le Fanu: Carmilla - A vampira de Karnstein (Hardcover, 2021, Pandorga)

Essa edição traz a primeira vampira da história e também a primeira história de vampiro …

— (…) Aproxima-se o momento em que saberá tudo. Vai me achar cruel, egoísta, mas o amor sempre é egoísta. E quanto mais ardente, mais egoísta. Não pode imaginar como sou ciumenta. Você deve me amar e juntar-se a mim na morte, ou odiar-me e da mesma forma me acompanhar, odiando-me na morte e além dela. A indiferença não existe em minha natureza apática. – Carmilla, não comece outra vez com essas bobagens sem sentido – apressei-me em dizer.

Carmilla - A vampira de Karnstein by  (42%)

Sério kkkkk

J. Sheridan Le Fanu: Carmilla - A vampira de Karnstein (Hardcover, 2021, Pandorga)

Essa edição traz a primeira vampira da história e também a primeira história de vampiro …

Ela envolvia meu pescoço com seus belos braços e, ao aconchegar-me junto a si, apoiava a face na minha para murmurar-me no ouvido: – Querida, seu coraçãozinho está magoado. Não me considere cruel só porque devo obedecer à lei inescapável de minhas forças e fraquezas. Se seu precioso coração sangra, meu coração indomável sangra junto. Arrebatada em minha imensa humilhação, sobrevivo à custa de sua vida tão cálida, e você terminará por morrer – morrer, morrer suavemente – para permitir que eu viva. Não tenho como impedir. Assim como procuro sua companhia, você por sua vez procurará a de outros e descobrirá o êxtase desta crueldade que, no entanto, também é amor. Assim, não anseie por ora saber mais sobre mim e os meus; apenas confie em mim com todo o afeto de sua alma.

Carmilla - A vampira de Karnstein by  (29%)

Ela literalmente disse que sobrevive à custa da tua vida e que tu vai morrer, doida! Foge daí!