Felipe Romagna rated A Vegetariana: 5 stars

A Vegetariana by 한강
“Eu tive um sonho”, diz Yeonghye, e desse sonho de sangue e escuros bosques nasce uma recusa radical: deixar de …
Colecionando livros ao invés de likes nas redes sociais Preferência por Distopias, Ficção Científica, Filosofia e Romances. Minhas opiniões não são técnicas, não sou especialista. Somente uma visão pessoal estética e sobre o percurso em si da leitura.
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Um romance sobre a ligação profunda entre pessoas e árvores — e as consequências implacáveis de ignorarmos essa relação. Mistura …
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Digamos que o planeta nasceu à meia-noite e que roda por um dia. Primeiro, não há nada. Duas horas se perdem com lava e meteoros. A vida só aparece às três ou quatro da manhã. Mesmo a essa altura, são apenas os pedaços mais rudimentares de autorreplicação. Do amanhecer ao final da manhã — um trilhão de anos de ramificações, tudo o que existe são células simples e singelas. Então, há tudo. Não muito depois do meio-dia, algo turbulento acontece. Um tipo de célula simples escraviza algumas outras. Os núcleos ganham membranas. As células desenvolvem organelas. O que antes era apenas um lugar com um único acampamento agora se torna uma cidade. Já passaram dois terços do dia quando os animais e as plantas se separam. E a vida ainda é unicelular. O dia cai antes que a vida complexa tome conta. Todos os grandes seres vivos chegam tarde, depois que o céu escurece. As águas-vivas e as minhocas vêm às nove da noite. Na virada da hora, a grande sacada acontece — espinhas dorsais, cartilagem, uma explosão de formas corporais. De um instante a outro, inúmeros novos ramos e troncos se abrem e enchem a copa. As plantas chegam à Terra um pouco antes das dez. Depois, os insetos, que instantaneamente começam a voar. Momentos mais tarde, tetrápodes rastejam a partir da lama das marés, carregando na pele e nas entranhas mundos inteiros de criaturas primitivas. Às onze horas, os dinossauros já fracassaram miseravelmente, deixando os mamíferos e as aves no comando por uma hora. Em algum ponto dos últimos sessenta minutos, no alto do dossel filogenético, a vida se torna consciente. Criaturas começam a especular. Animais começam a ensinar seus filhos sobre o passado e o futuro. Animais aprendem a realizar rituais. O homem anatomicamente moderno aparece quatro segundos antes da meia-noite. As primeiras pinturas rupestres surgem três segundos depois. E, um milésimo de um mover do ponteiro, a vida resolve o mistério do DNA e começa a mapear a árvore da vida. Até a meia-noite, a maior parte do globo foi convertida em fileiras de cultivo para o cuidado e a alimentação de uma única espécie. E é aí que a árvore da vida volta a se tornar outra coisa. É aí que o tronco gigante começa a balançar.
— A Trama das Árvores by Richard Powers (Page 611 - 612)
Um romance sobre a ligação profunda entre pessoas e árvores — e as consequências implacáveis de ignorarmos essa relação. Mistura …
Kafka Tamura é um solitário menino de quinze anos que decide fugir da casa do pai para escapar de uma …
Um romance sobre a ligação profunda entre pessoas e árvores — e as consequências implacáveis de ignorarmos essa relação. Mistura …
Kafka Tamura é um solitário menino de quinze anos que decide fugir da casa do pai para escapar de uma …
- Meu caro Kafka Tamura, existe um ponto em nossas vidas em que voltar atrás já não nos é permitido. E também um ponto, este mais raro, em que não podemos mais avançar. Alcançados tais pontos, só nos resta aceitá-los, para o bem ou para o mal. É dessa maneira que todos nós vivemos.
— Kafka à Beira-Mar by Haruki Murakami (Page 200)
Em certas ocasiões, o destino se assemelha a uma pequena tempestade de areia, cujo curso sempre se altera. Você procura fugir dela e orienta seus passos noutra direção. Mas então, a tempestade também muda de direção e o segue. Você muda mais uma vez o seu rumo. A tempestade faz o mesmo e o acompanha. As mudanças se repetem muitas e muitas vezes, como num balé macabro que se dança com a deusa da morte antes do alvorecer. Isso acontece porque a tempestade não é algo independente, vindo de um local distante. A tempestade é você mesmo. Algo que existe em seu íntimo. Portanto, o único recurso que lhe resta é se conformar e corajosamente pôr um pé dentro dela, tapar olhos e ouvidos com firmeza a fim de evitar que se encham de areia e atravessá-la passo a passo até emergir do outro lado.
— Kafka à Beira-Mar by Haruki Murakami (Page 7)
Prólogo do livro. Começamos…
Um clássico moderno, o romance distópico de Aldous Huxley é indispensável para quem busca leituras sobre autoritarismo, manipulação genética, ficção …
Escrito em 1974 pela brilhante e premiada Ursula K. Le Guin, Os Despossuídos é uma ficção científica incomum, utópica e …