Hugo commented on Ritos de Passagem by Octavia E. Butler (Xenogênese, #2)
Content warning spoilers leves
No primeiro livro a impressão que eu tive dos Oankali é que eles eram uma forma de vida mais orgânica/ecológica, que são ávidos pela diferença, que precisam da diversidade para existir. Em contraponto aos humanos que tinham acabado de destruir a Terra em uma guerra, e que são cheios de fobias contra tudo que é diferente. Cheguei quase a torcer pelos Oankali até perceber as nuances. O tratamento que eles dão aos humanos por vezes não é diferente do que se dá a um animal de estimação, ou de produção. A fome deles pelo diferente faz parte de um projeto eugênico de absorver o que tem de melhor nos outros e arquitetar a próxima geração, que seria uma superação do que veio antes, não sobrando espaço para a diversidade existir de fato. Isso fica aparente na "escolha" que eles dão aos humanos, ou se reproduzir com os Oankali ou viverem estéreis. Nesse livro o protagonista é meio humano, meio Oankali, e eu me pego de novo vendo os dois lados da situação. E agora um terceiro. O que significa para Akin ser a síntese desses povos em conflito? O que significa ser ao mesmo tempo humano e Oankali e nenhum dos dois mas uma terceira coisa?