Fun Home by Alison Bechdel
Fun Home é um marco dos quadrinhos e das narrativas autobiográficas, além de uma obra-prima sobre sexualidade, relações familiares e …
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Esse livro ser traduzido pelo André Conti e publicado pela Todavia me fez soltar um arzinho pelo nariz, admito. #fofoca
Quinto romance do festejado escritor português, narra a história do pescador Crisóstomo, descrito inicialmente como “um homem que chegou aos …
Seu último romance em que volta a suas questões íntimas. O tema de Nêmesis é a epidemia de pólio que …
Ganhador do Prêmio Angoulême (França)
Ganhador dois prêmios Rudolf Dirks (Alemanha)
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“É um …
Em breve, pretendo retomar Banzeiro òkòtó em um texto mais elaborado, porque esse livro mexeu bastante fundo comigo, então merece mais do que uma curta resenha.
E não é porque é um livro perfeito. Longe disso.
Eliane Brum narra nesse livro duas histórias que se cruzam: a do fim do mundo, expressa pelas contradições na cidade de Altamira, não-casa de populações vulneráveis a todo tipo de violência, e a vida de uma mulher branca que resolveu se desbranquear (aqui, o branco no sentido de napë, inimigo, na língua dos yanomami, conceito que tem par em outras línguas de povos originários).
Eliane sabe que é impossível se desbranquear. Nada que ela faça vai apagar a cor branca de sua pele e sua vivência de 58 anos de gaúcha branca, mesmo vivendo em Altamira desde 2017. Isso não a impede de tentar - não de mudar de cor de pele, óbvio que …
Em breve, pretendo retomar Banzeiro òkòtó em um texto mais elaborado, porque esse livro mexeu bastante fundo comigo, então merece mais do que uma curta resenha.
E não é porque é um livro perfeito. Longe disso.
Eliane Brum narra nesse livro duas histórias que se cruzam: a do fim do mundo, expressa pelas contradições na cidade de Altamira, não-casa de populações vulneráveis a todo tipo de violência, e a vida de uma mulher branca que resolveu se desbranquear (aqui, o branco no sentido de napë, inimigo, na língua dos yanomami, conceito que tem par em outras línguas de povos originários).
Eliane sabe que é impossível se desbranquear. Nada que ela faça vai apagar a cor branca de sua pele e sua vivência de 58 anos de gaúcha branca, mesmo vivendo em Altamira desde 2017. Isso não a impede de tentar - não de mudar de cor de pele, óbvio que não, mas de revirar sua cosmologia inteira e permitir que o banzeiro do Xingu a leve para o olho do furacão.
Tem algumas partes do livro que você sabe muito bem que é uma branca escrevendo. Até um excesso de didatismo em certos pontos, pode incomodar alguns leitores. Mas, na minha opinião, o trunfo de Eliane é justamente não negar seu status de branca e entregar uma coisa falsa. Outro trunfo é que ela escolheu, ao contrário de muitas pessoas brancas, ir direto ao olho do furacão para viver sua vida amplificando vozes de quem importa.
E é por isso que esse livro me impactou tanto. Eu sou branca, sou cosmopolita, sou completamente napë, e recentemente tenho me questionado sobre tudo o que acreditava até (quase literalmente) ontem. De novo, o que Eliane entrega aqui não é nada muito revolucionário para quem já vive a vida em Altamira e no olho do banzeiro amazônico. Essa leitura é para nós, branques.
É um livro pesado, que denuncia violência o tempo inteiro, algumas as mais brutais violências dentro do território usurpado pelo Estado brasileiro, então não leia sem se preparar emocionalmente.
Ainda estou processando esse livro, então um texto mais elaborado vai sair, aguardem.
Devorei esse livro em cerca de 24h. As histórias, as escrevivências, de Conceição Evaristo te arrastam para um vórtice de violência, mas também de resistência e de vida. Viver enquanto as treze mulheres negras que Evaristo (d)escreve é viver violentadas, mas mais do que isso, viver com toda a força que a fúria de uma mulher pode proporcionar. A escrita de Evaristo é única, tocante, e o foco nas mulheres negras, mais incomum do que deveria ser. Esse não é um livro para ler desavisade ou tranquile. Leia com o coração.
Pele Negra, Máscaras Brancas é um clássico de Fanon que ressurge a partir do sucesso de seu livro Os condenados da terra. Alguns tentam colocar em contraposição as visões de Fanon no primeiro (lançado em 1952) e no segundo (lançado em 1961, pouco antes de Fanon morrer de leucemia, aos 36 anos). No primeiro, Fanon explora mais profundamente as relações psicológicas do racismo, tanto nos brancos quanto nos negros (sejam eles africanos ou antilhanos), e tem um cuidado especial sobre a subjetividade. Ainda não li Os condenados da terra, mas, pela sua importância histórica na luta de libertação da Argélia perante a França, entendi pelo posfácio escrito por Deivison Faustino que tem um caráter mais revolucionário e alimentado pelo marxismo. Cedo demais para afirmar qualquer coisa, afinal de contas nem li o livro de 1961, mas algo me diz que essa leitura é injusta com a obra de Fanon.
Em …
Pele Negra, Máscaras Brancas é um clássico de Fanon que ressurge a partir do sucesso de seu livro Os condenados da terra. Alguns tentam colocar em contraposição as visões de Fanon no primeiro (lançado em 1952) e no segundo (lançado em 1961, pouco antes de Fanon morrer de leucemia, aos 36 anos). No primeiro, Fanon explora mais profundamente as relações psicológicas do racismo, tanto nos brancos quanto nos negros (sejam eles africanos ou antilhanos), e tem um cuidado especial sobre a subjetividade. Ainda não li Os condenados da terra, mas, pela sua importância histórica na luta de libertação da Argélia perante a França, entendi pelo posfácio escrito por Deivison Faustino que tem um caráter mais revolucionário e alimentado pelo marxismo. Cedo demais para afirmar qualquer coisa, afinal de contas nem li o livro de 1961, mas algo me diz que essa leitura é injusta com a obra de Fanon.
Em Pele Negra, Máscaras Brancas, Fanon articula brilhantemente psicanálise (com algumas críticas devidas a Freud e Lacan), Hegel, Aimé Cesaire (que eu quero muito ler depois desse livro), Marx, Sartre e outros autores para a construção do que seria o racismo à francesa. Uma coisa que achei curiosa é como o racismo à francesa se aproxima do racismo à portuguesa no sentido de se dizer não racista e sim uma democracia racial: a mesma mentira que usamos no Brasil os franceses alegavam por lá em 1950, numa contraposição falsa ao racismo à britânica.
Minha principal crítica é que Fanon é bem rápido e pungente ao criticar - honestamente e justamente - o racismo branco e a incapacidade do branco de ver o negro como seu igual, ao mesmo tempo que ele lança mão várias vezes de misoginia e homofobia para provar seus pontos. É no mínimo irônico que um autor tão importante para a teoria pós-colonial 30 anos depois defenda pontos de vista tão homofóbicos, incapaz de enxergar as dissidências sexuais como... suas iguais... Mas precisamos tomar cuidado ao não cair no anacronismo ao fazer essa crítica. E Grada Kilomba, na introdução do livro para a Editora Ubu, consegue fazer isso bem.
Recomendo a leitura.
Se eu tivesse um real para cada vez que Paul B. Preciado fala do devir deleuziano, eu estaria com dinheiro para comprar um açaí.
Piadas à parte, eu comecei esse livro bastante empolgada. Os primeiros capítulos são chocantes, no bom sentido. Preciado detona a família margarina e a supremacia branca-ocidental mais de uma vez. Conforme o livro foi passando, pela quantidade de temas a que somos expostos, aprendemos um pouco mais das subjetividades (e ele adora essa palavra, tá) do autor. Alguns, me deram um pouco de sono. Explico.
Peguei esse livro, que foi um presente meu para meu marido, para ler porque estava interessada nessa tal de travessia do sistema sexo-gênero. Questões pessoais à parte, fui surpreendida, porque não necessariamente os ensaios aqui aglomerados fazem referência a isso - mas o assunto não deixa de aparecer durante o livro todo. O livro é composto por 72 ensaios escritos de …
Se eu tivesse um real para cada vez que Paul B. Preciado fala do devir deleuziano, eu estaria com dinheiro para comprar um açaí.
Piadas à parte, eu comecei esse livro bastante empolgada. Os primeiros capítulos são chocantes, no bom sentido. Preciado detona a família margarina e a supremacia branca-ocidental mais de uma vez. Conforme o livro foi passando, pela quantidade de temas a que somos expostos, aprendemos um pouco mais das subjetividades (e ele adora essa palavra, tá) do autor. Alguns, me deram um pouco de sono. Explico.
Peguei esse livro, que foi um presente meu para meu marido, para ler porque estava interessada nessa tal de travessia do sistema sexo-gênero. Questões pessoais à parte, fui surpreendida, porque não necessariamente os ensaios aqui aglomerados fazem referência a isso - mas o assunto não deixa de aparecer durante o livro todo. O livro é composto por 72 ensaios escritos de 2010 a 2018, alguns melhores do que outros.
Os seguintes pontos são interessantes e relativamente bem desenvolvidos, considerado o limite de espaço de um ensaio:
Há outros pontos legais nesse livro, que rendem bastante discussão produtiva e são escritos de forma invejável por Preciado - ele escreve BEM.
Entretanto, ele não está isento de cometer erros colonialistas, por mais que tente várias vezes se afastar da sua realidade europeia ocidental. Um exemplo emblemático é a escolha do nome Beatriz Marcos como aceno ao movimento zapatista - algo que foi criticado amplamente lá por 2015, e acabou voltando atrás e seguindo com o nome Paul. Mas esse exemplo nem é o mais emblemático. Ao insistir que sua identidade trans está intimamente ligada ao nomadismo que adota de 2013 para frente, aproximando-a constantemente de párias migrantes de lugares como o Oriente Médio ou as Áfricas, principalmente a Mediterrânea, Paul demonstra estar distante em experiência dessas pessoas. Para mim, um exemplo claro é o capítulo "Casa Vazia", em que uma enorme dissertação sobre como morar em uma casa vazia em Atenas é uma metáfora para sua transição de gênero aparece. Não consigo empatizar muito com quem escolhe dormir no chão e faz um texto enorme floreando o passar perrengue. Outros momentos do livro, eu tenho a impressão de estar vendo uma pessoa branca lamentando as intempéries da vida em cafés da Europa ocidental usando palavras difíceis de propósito. Preguiça demais dessas passagens.
Mas acho que isso tudo faz parte da experiência de mundo de Preciado e, apesar de eu receber com certa preguiça, não acho que valeria a pena esconder suas experiências. No mais, estou muito interessada em ler mais do autor, principalmente no que diz respeito ao que ele chama de indústria farmacopornográfica, que é tratada em outro livro, mas com pouco detalhe nesse.
Em resumo: empolguei-me muito com o livro em várias partes, rolei os olhos em outras, mas no geral a impressão que ficou foi positiva e vou recomendar alguns ensaios desse livro para outras pessoas.
A premissa toda do livro A Colher que Desaparece é ser um livro de curiosidades sobre a história da ciência. Eu adoro história da ciência e eu adoro curiosidades. O problema é quando o autor pega muito nas curiosidades e esquece do rigor da história da ciência. Para mim, de forma resumida, o maior defeito desse livro é ser americano. Algumas coisas que o autor vê como óbvias ou que são simplesmente ignorância da parte dele são extremamente estadunidenses. Por exemplo, na esteira de Karl Popper (o filósofo da ciência preferido de 10 em 10 cientistas das exatas, porque eles não gostam de filosofia, só de fingir que gostam de filosofia), classifica o marxismo como uma pseudociência. Ou então mais de uma vez cita Stálin para provar um ponto que poderia ter sido provado com figuras estadunidenses, porque o americano ama um espantalho soviético para chamar de seu, mesmo no …
A premissa toda do livro A Colher que Desaparece é ser um livro de curiosidades sobre a história da ciência. Eu adoro história da ciência e eu adoro curiosidades. O problema é quando o autor pega muito nas curiosidades e esquece do rigor da história da ciência. Para mim, de forma resumida, o maior defeito desse livro é ser americano. Algumas coisas que o autor vê como óbvias ou que são simplesmente ignorância da parte dele são extremamente estadunidenses. Por exemplo, na esteira de Karl Popper (o filósofo da ciência preferido de 10 em 10 cientistas das exatas, porque eles não gostam de filosofia, só de fingir que gostam de filosofia), classifica o marxismo como uma pseudociência. Ou então mais de uma vez cita Stálin para provar um ponto que poderia ter sido provado com figuras estadunidenses, porque o americano ama um espantalho soviético para chamar de seu, mesmo no século XXI. O autor também parece achar de bom tom defender eugenistas só porque o cientista em questão não era tão ruim assim. Esses defeitos tornam o livro impossível de se recomendar. Mas eu estaria mentindo se dissesse que a contação de história e as curiosidades escolhidas para o livro não me empolgaram bastante. Eu fiquei fascinada principalmente com a última parte do livro, que fala sobre desenvolvimentos da tabela periódica (e agregados) nos últimos anos. Como sempre, me deu uma vontade quase incontrolável de estudar física de partículas (como se eu entendesse de algo disso).
Enfim, na parte de curiosidades, é um livro muito legal. No rigor de história da ciência, mais ou menos. E as partes tipicamente americanas do livro são uma bosta. Mas, no geral, foi uma leitura interessante. E é bem amigável para pessoas leigas, não precisa ser nenhum expert em química para acompanhar. Na verdade, talvez ajude a te acender alguma curiosidade extra se química sempre foi um tormento pra você.
Esse livro é uma peça de ficção muito autobiográfica de Julián Fuks, um autor brasileiro filho de pais exilados da Argentina durante uma ditadura militar (1976-1983). Digo que é uma ficção muito autobiográfica porque muitas coisas que aparecem no livro no tocante ao protagonista são praticamente idênticas aos dados públicos de Fuks, incluindo o fato de ser filho de exilados políticos argentinos. Onde termina a realidade e começa a ficção e vice-versa é algo que o autor nunca deixou claro, e parte da graça do livro.
É um livro relativamente curto, que traz bastante coisa da psicanálise Winnicottiana, e relaciona as pontes entre traumas relacionados à ditadura e traumas familiares associados ao exílio e à adoção de crianças. Em alguns momentos, eu me irritei com o tom pesaroso que o protagonista assume para si mesmo frente ao seus dilemas com o irmão adotivo, mas da metade para o final o …
Esse livro é uma peça de ficção muito autobiográfica de Julián Fuks, um autor brasileiro filho de pais exilados da Argentina durante uma ditadura militar (1976-1983). Digo que é uma ficção muito autobiográfica porque muitas coisas que aparecem no livro no tocante ao protagonista são praticamente idênticas aos dados públicos de Fuks, incluindo o fato de ser filho de exilados políticos argentinos. Onde termina a realidade e começa a ficção e vice-versa é algo que o autor nunca deixou claro, e parte da graça do livro.
É um livro relativamente curto, que traz bastante coisa da psicanálise Winnicottiana, e relaciona as pontes entre traumas relacionados à ditadura e traumas familiares associados ao exílio e à adoção de crianças. Em alguns momentos, eu me irritei com o tom pesaroso que o protagonista assume para si mesmo frente ao seus dilemas com o irmão adotivo, mas da metade para o final o livro engrena e é bem interessante. Além disso, o tempo inteiro somos encarados pela questão: o que é uma narrativa real, de acordo com os fatos, ou é coisa da memória do protagonista enviesada pelo tempo?
Comecei pensando que não merecia o Jabuti de 2016, mas mudei de ideia. É uma narrativa muito interessante e que expõe feridas pustulentas abertas nas famílias que lidam com o trauma de ditaduras - como a minha.
A capa do livro da Tatiana Roque tem algo que, eu não sei se foi proposital, mas se aproxima muito da representação visual da reação de Belousov-Zhabotinsky. Essa reação acontece fora da termodinâmica do equilíbrio, intimamente ligada à teoria do caos. E é exatamente sobre reações complexas encadeadas que não podem ser descritas por equações diferenciais que Tatiana Roque, matemática e historiadora da matemática, aborda em seu livro.
O livro de Roque tem alguns pontos principais, mas coloco luz sobre um dos mais interessantes para mim: como a ciência do clima, incluindo a comunicação sobre fenômenos do aquecimento global, pouco tem a ver com o modelo de ciência anterior, fortemente relacionado às certezas quase-exatas das equações diferenciais da astronomia. Saímos, durante o século XX, do modelo de ciência com certeza para a ciência que trabalha com aproximações estatísticas - nem por isso menos confiáveis. No meio de tudo isso, uma …
A capa do livro da Tatiana Roque tem algo que, eu não sei se foi proposital, mas se aproxima muito da representação visual da reação de Belousov-Zhabotinsky. Essa reação acontece fora da termodinâmica do equilíbrio, intimamente ligada à teoria do caos. E é exatamente sobre reações complexas encadeadas que não podem ser descritas por equações diferenciais que Tatiana Roque, matemática e historiadora da matemática, aborda em seu livro.
O livro de Roque tem alguns pontos principais, mas coloco luz sobre um dos mais interessantes para mim: como a ciência do clima, incluindo a comunicação sobre fenômenos do aquecimento global, pouco tem a ver com o modelo de ciência anterior, fortemente relacionado às certezas quase-exatas das equações diferenciais da astronomia. Saímos, durante o século XX, do modelo de ciência com certeza para a ciência que trabalha com aproximações estatísticas - nem por isso menos confiáveis. No meio de tudo isso, uma ruptura essencial: a Segunda Guerra Mundial e a bomba atômica que assolou Hiroshima e Nagasaki. A relação entre população geral e a casta técnica-científica nunca mais foi a mesma. O livro de Roque analisa tudo isso e mais um pouco. Tem um caráter mais generalista, é verdade, mas também não tem como abordar tanta coisa num livro só. Aqui, temos um panorama geral das relações entre ciência e política, e como não dá para separar as duas coisas, desde o século XVIII.
Mais importante ainda, Roque, ao final, aponta em quais caminhos podemos nos inspirar para soluções do buraco em que nos encontramos, tentando ao máximo trazer o panorama decolonial e privilegiar as visões de povos originários e afro-americanos. Às vezes, Roque dá umas deslizadas nesse assunto, mas achei uma tentativa mais do que válida, bem-sucedida.
Uma coisa que me incomodou enquanto química é que a linguagem é geral demais, ou seja, os públicos podem variar. Você não precisa ser um ás da matemática ou saber muito de ciência do clima e astronomia para entender os pontos desse livro, Roque é bem didática nisso. Mas, em alguns pontos, isso me incomodou um pouco. Coisa pessoal, mesmo.