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Primo Levi: Os afogados e os sobreviventes (Paperback, português language, 2016, Paz e Terra) 5 stars

Primo Levi retoma sua reflexão sobre o campo de extermínio nazista 40 anos depois de …

"Não se deve esquecer que esta é uma guerra sem fim"

4 stars

"Os afogados e os sobreviventes" é o último livro escrito por Primo Levi antes de sua morte em 1987. Para aqueles que não ouviram falar de Primo Levi, julgo que poucos, ele foi um químico italiano e judeu, prisioneiro de Auschwitz em 1944 e sobrevivente. Levi escreveu extensivamente sobre sua "experiência" nos Lager nazistas, sendo sua primeira obra "É isto um homem?".

Neste livro, Levi faz mais uma reminiscência sobre a natureza humana e os horrores do Holocausto, focando em assuntos como memória, comunicação, violência e estereótipos.

Há pouco que eu possa explorar sobre o assunto nazismo sendo uma pessoa leiga, mas o livro de Levi me fez pensar sobre certos tópicos. Em especial, uma citação ressoou pessoalmente: "É dever do homem justo declarar a guerra a todo privilégio não merecido, mas não se deve esquecer que esta é uma guerra sem fim."

Tenho, até agora, uma orientação anarquista, que, …

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@bismuto "Os anarquistas acreditamos em um mundo (completamente) sem privilégios; ultimamente, tenho começado a me perguntar se isso seria de fato possível, em um mundo com contradições reais."

Sabe uma leitura enriquecedora sobre isso? "O Despertar de Tudo", de D. Graeber. velhaestante.com.br/book/24079/s/o-despertar-de-tudo É um tijolo que traz uma overdose de informação. Ou seja, não é fácil. Mas um dos temas centrais é que sociedades complexas e enormes do passado chegaram bem perto do ideal anarquista. Anarquismo não era coisa só de bandos ou tribos pequenas. Se isso foi possível no passado -- mesmo com dinâmicas sociais complexas como agricultura, administração pública e mercados -- por que não seria possível novamente? Um objetivo principal do livro é desfazer o mito de que a desigualdade e a hierarquia são males necessários no progresso de uma sociedade.

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@sol2070 não penso na dificuldade de uma sociedade sem privilégios pelo progresso, mas sim pelo estado generalizado de desigualdade do qual pode ser difícil fazer surgir uma sociedade verdadeiramente justa. Pelo menos a tempo de não ver o colapso da humanidade como conhecemos. Mas com certeza aceito a indicação, vou adicionar à lista de leituras para o futuro! Obrigada!

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@bismuto Verdade, não teria como uma sociedade sem desigualdade surgir de uma desigual. Mas gradualmente acho que seria possível. Por exemplo, na Europa já houve vários experimentos com assembleias de consenso, para a decisão de questões nacionais como políticas ambientais ou sobre aborto etc. Essas assembleias são muito próximas do modo anarquista de fazer política, baseado em consenso, não em voto. Os governos que apoiaram isso são social-democratas, com menos desigualdade. Então, uma abordagem não revolucionária seria essa, emplacar cada vez mais governos verdes ou social-democratas, que são mais abertos à decentralização, que no final leva ao anarquismo. Tem a via revolucionária também. Outra possibilidade inegável é a de um colapso mais generalizado, em que modelos anarquistas possam emergir depois. Na verdade, pra mim anarquismo é mais como um ideal ou utopia de sociedade. Mesmo que seja algo muito distante da realidade, vale a pena não perder essa possibilidade de …