@[email protected] I tried this one. It starts really well, but then the characterizations felt a bit overused, at least to me. I ended up abandoning it."
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sol2070 reviewed Eterna Vigilância by Edward Snowden
Thriller da vida real envolvente como poucos
5 stars
( sol2070.in/2025/06/livro-snowden-eterna-vigilancia/ )
Apesar do interesse no tema, fui ler só agora Eterna Vigilância (2019, 288 pgs), em que o próprio Edward Snowden conta sobre a vigilância online massiva ilegal que descobriu nos serviços de inteligência dos EUA.
Um dos motivos porque não tinha lido é que imaginava que seu objeto poderiam ser tecnologias defasadas, já que se passa no início da década de 2010. Engano.
Na verdade, é mais assustador até: se há 15 anos, uma vigilância tão granular e invasiva já estava em plena operação, imagine agora, com a onipenetração big tech e sua agenda de extrema-direita.
Um dos programas, o PRISM, escaneava palavras-chave em tudo o que as pessoas faziam online. Como “bomba”, “protesto” etc. Ao detectá-las, infectava automaticamente os computadores e celulares dos alvos com malware, ganhando total controle sobre os dispositivos e transformando-os em aparelhos de escuta em tempo real.
A NSA dos EUA diz …
( sol2070.in/2025/06/livro-snowden-eterna-vigilancia/ )
Apesar do interesse no tema, fui ler só agora Eterna Vigilância (2019, 288 pgs), em que o próprio Edward Snowden conta sobre a vigilância online massiva ilegal que descobriu nos serviços de inteligência dos EUA.
Um dos motivos porque não tinha lido é que imaginava que seu objeto poderiam ser tecnologias defasadas, já que se passa no início da década de 2010. Engano.
Na verdade, é mais assustador até: se há 15 anos, uma vigilância tão granular e invasiva já estava em plena operação, imagine agora, com a onipenetração big tech e sua agenda de extrema-direita.
Um dos programas, o PRISM, escaneava palavras-chave em tudo o que as pessoas faziam online. Como “bomba”, “protesto” etc. Ao detectá-las, infectava automaticamente os computadores e celulares dos alvos com malware, ganhando total controle sobre os dispositivos e transformando-os em aparelhos de escuta em tempo real.
A NSA dos EUA diz ter desativado essa vigilância massiva ativa, após o escândalo. Só que eram negações exatamente como essa que eram dadas, antes das revelações. “Não existe nenhum programa de vigilância”, “Governos e corporações não têm como fazer isso”, “É ficção científica distópica” etc.
A capa da edição brasileira (li a versão em inglês) tem um subtítulo exagerado: “Como montei e desvendei o maior sistema de espionagem do mundo”. Snowden não montou o sistema. Era administrador de sistemas em diversas unidades da CIA e NSA, na maioria das vezes, terceirizado. Ao ver sinais da completa invasão de privacidade, dentro e fora dos EUA, começou a fuçar por conta própria. Reuniu provas, fugiu (abandonando a noiva, família e amizades) e entregou tudo para jornalistas. Hoje, vive como asilado político na Rússia, sendo procurado internacionalmente por revelar segredos de segurança nacional.
É um thriller da vida real envolvente como poucos. Li em três dias, sendo que costumo consumir não ficção em ritmo muito mais lento.
Vi o filme de Oliver Stone Snowden (2016) há uns anos e, apesar de irregular, não é ruim. Ele é baseado em outros livros sobre o caso. Mas Eterna Vigilância é muito mais interessante. Entra fundo, por exemplo, nos dilemas morais e convicções de Snowden, sua formação com zines hackers na infância, além do clímax no heist final quando rouba os dados e foge.
Do ponto de vista tecnológico, pode ser um pouco decepcionante para pessoas mais técnicas. Como é um livro para o público leigo, evita aprofundar demais esses detalhes. Mas também não faltam considerações técnicas mais amplas.
sol2070 finished reading Eterna Vigilância by Edward Snowden

Eterna Vigilância by Edward Snowden
Em 2013, Edward Snowden, ex-analista da CIA (Agência Central de Inteligência) que também trabalhou como agente da NSA (Agência Nacional …
sol2070 reviewed Disaster Nationalism by Richard Seymour
One of the best non-fiction in months
5 stars
( em português, com trecho traduzido → sol2070.in/2025/05/livro-disaster-naionalism-teorias-conspiracao/ )
The term “disaster nationalism” refers to one of the faces of the current global rise of the far right, in which Brazil stands out — along with India, Hungary, the Philippines, and, of course, the US, Brazil and Bolsonarism are regular features in the book.
I came across the book through recommendations from people like Cory Doctorow, China Miéville, and Naomi Klein — the latter, in turn, has a very similar concept for the new far right, which she has dubbed “end-of-times fascism.”
What is striking about Seymour's analysis is its fluid, engaging, and eloquent quality — it is not an academic book — while at the same time overflowing with references and quotations. But that does not make it easy to read. Vivid descriptions of the violence of this extremism around the world often made me stop reading.
Among the …
( em português, com trecho traduzido → sol2070.in/2025/05/livro-disaster-naionalism-teorias-conspiracao/ )
The term “disaster nationalism” refers to one of the faces of the current global rise of the far right, in which Brazil stands out — along with India, Hungary, the Philippines, and, of course, the US, Brazil and Bolsonarism are regular features in the book.
I came across the book through recommendations from people like Cory Doctorow, China Miéville, and Naomi Klein — the latter, in turn, has a very similar concept for the new far right, which she has dubbed “end-of-times fascism.”
What is striking about Seymour's analysis is its fluid, engaging, and eloquent quality — it is not an academic book — while at the same time overflowing with references and quotations. But that does not make it easy to read. Vivid descriptions of the violence of this extremism around the world often made me stop reading.
Among the topics are class conflict, disinformation, conspiracy theories, pornopolitics, the role of the internet, mass shooters, pogroms, and genocide. All in all, it is the terrain of the “downfall of liberal civilization,” as in the book's subtitle.
The author prefers to use the common denominator of the fanatical “nationalism” of these movements as a stage that precedes fascism itself. The “disasters,” on the other hand, refer to the fabrication of demons and enemies, based on very real crises and catastrophes, such as the climate emergency and multiple economic and social crises.
It is common for this fabrication of narratives not to be centrally orchestrated, but rather something more socially and psychologically organic, as the following excerpt explores.
sol2070 finished reading Disaster Nationalism by Richard Seymour

Disaster Nationalism by Richard Seymour
The rise of the new far right has left the world grappling with a profound misunderstanding. While the spotlight often …
sol2070 replied to [email protected]'s status
@[email protected] I'm reading it now. So far, surprisingly amazing, as I'm not much into fantasy.
sol2070 reviewed A Dança dos Dragões by George R. R. Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo, #5)
Agora é esperar
5 stars
Finalmente terminei As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin, com o 5º livro: A Dança dos Dragões (A Dance with Dragons, 2011, 824 pgs).
Não há muito o que falar que já não tenha mencionado sobre os outros livros, já que formam um único monumento gigantesco, sendo a série mais imersiva que já li.
Vi esse artigo ótimo sobre porque, para pessoas como eu, algumas ficções marcam tanto:
- Quando memórias da ficção se tornam parte de quem você é (tradução automática. Original em inglês).
As Crônicas de Gelo e Fogo certamente são desse tipo. A autora do artigo diz que um dos motivos porque a série é tão amada é que suas relações sociais retratam perfeitamente a vida real e que a estória “reflete a natureza humana melhor do que muitas estórias ‘realistas’“.
Adoro também os temas e símbolos que formam o …
Finalmente terminei As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin, com o 5º livro: A Dança dos Dragões (A Dance with Dragons, 2011, 824 pgs).
Não há muito o que falar que já não tenha mencionado sobre os outros livros, já que formam um único monumento gigantesco, sendo a série mais imersiva que já li.
Vi esse artigo ótimo sobre porque, para pessoas como eu, algumas ficções marcam tanto:
- Quando memórias da ficção se tornam parte de quem você é (tradução automática. Original em inglês).
As Crônicas de Gelo e Fogo certamente são desse tipo. A autora do artigo diz que um dos motivos porque a série é tão amada é que suas relações sociais retratam perfeitamente a vida real e que a estória “reflete a natureza humana melhor do que muitas estórias ‘realistas’“.
Adoro também os temas e símbolos que formam o palco para as heroínas e heróis da saga:
- futilidade da busca por poder;
- degeneração da civilização;
- destruição e banimento de culturais naturais;
- espiritualidade e moral;
- e as forças desconhecidas e indomáveis que não apenas não foram exterminadas pela racionalização, mas que voltam com a mesma agressividade com que foram expulsas.
Outro fator cativante é que muitas das personagens são outsiders, párias, pessoas traumatizadas, que não pertencem, como o anão Tyrion, o paraplégico Brandon, a mulher-máscula Brienne ou o bastardo Jon.
A Dança dos Dragões e o anterior (O Festim dos Corvos), na verdade, integram a mesma sequência. Festim foca no Sul e Dança, no Norte e fora do continente, durante alguns meses após a morte do rei Joffrey. Gostei especialmente desses dois porque é quando a estória desvia quase completamente do seriado Game of Thrones. Há muito mais trama e outros personagens importantes — por exemplo, três aspirantes a se casarem com Daenerys, incluindo outro sobrevivente Targaryen.
Esse livro também conclui, aparentemente, a transformação de Brandon Stark, em uma união com as florestas e seus animais. Foi um dos capítulos que mais gostei. É narrado de onde vem o culto às árvores brancas com rostos entalhados, os wargs que fundem a mente com animais e diversos outros elementos da cultura “moderna”, que a civilização se esqueceu ou se desconectou, sobrando apenas resquícios.
Minha frustração foi que as 2.000 páginas (das edições em inglês) desses últimos dois livros vão fazendo um esquenta para confrontos gigantescos que não acontecem. Estarão no próximo livro, Winds of Winter. Mas tudo bem, não faltaram elementos satisfatórios nas muitas subtramas.
Agora me juntei à turma que espera há 13 anos que George entregue o volume seguinte. A notícia mais recente, de abril de 2025, é que ele terminou 75% do livro.
sol2070 finished reading A Dança dos Dragões by George R. R. Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo, #5)

A Dança dos Dragões by George R. R. Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo, #5)
A dança dos dragões é o quinto livro da saga As Crônicas de Gelo e Fogo, dando continuidade à trama …
@zarabatana Legal, eu participo de um também. Acho que vou sugerir esse livro.
sol2070 reviewed Homenagem à Catalunha by George Orwell
Relato poderoso e crucial
5 stars
( sol2070.in/2025/05/homenagem-catalunha-orwell-filme-terra-e-liberdade/ )
Consagrado pelo clássico 1984, o autor britânico George Orwell conta sua experiência como soldado voluntário na Guerra Civil Espanhola em Homenagem à Catalunha (Homage to Catalonia 1938, 312 pgs). Apesar de não aparecer nos créditos, 80% do clássico filme Terra e Liberdade (Tierra y Libertad, 1995), de Ken Loach, parece diretamente baseado nesse livro (mais sobre o filme no final).
Até hoje, Orwell costuma ser confundido como antissocialista[^1], devido à sua posição à esquerda da esquerda, de se opor a estruturas autoritárias mesmo que sejam supostamente de esquerda, como a União Soviética. Sua participação no conflito revolucionário espanhol teve papel-chave para sua visão política.
Depois que uma ampla coalização de esquerda — incluindo desde o Partido Comunista, passando pela esquerda moderada, até sindicatos anarquistas — ganhou a eleição espanhola em 1936, militares fascistas tentaram um golpe para impedir o governo e tomar o …
( sol2070.in/2025/05/homenagem-catalunha-orwell-filme-terra-e-liberdade/ )
Consagrado pelo clássico 1984, o autor britânico George Orwell conta sua experiência como soldado voluntário na Guerra Civil Espanhola em Homenagem à Catalunha (Homage to Catalonia 1938, 312 pgs). Apesar de não aparecer nos créditos, 80% do clássico filme Terra e Liberdade (Tierra y Libertad, 1995), de Ken Loach, parece diretamente baseado nesse livro (mais sobre o filme no final).
Até hoje, Orwell costuma ser confundido como antissocialista[^1], devido à sua posição à esquerda da esquerda, de se opor a estruturas autoritárias mesmo que sejam supostamente de esquerda, como a União Soviética. Sua participação no conflito revolucionário espanhol teve papel-chave para sua visão política.
Depois que uma ampla coalização de esquerda — incluindo desde o Partido Comunista, passando pela esquerda moderada, até sindicatos anarquistas — ganhou a eleição espanhola em 1936, militares fascistas tentaram um golpe para impedir o governo e tomar o poder. Houve resistência e os estados espanhóis ficaram divididos, resultando numa guerra civil até 1939, quando fascistas liderados pelo general Franco instalaram uma ditadura que durou 36 anos.
Muitas pessoas de outros países se juntaram à luta anti-fascista e à revolução, como Orwell, já que esse embate tinha consequências globais. Em diversas áreas resistentes ao golpe, como a Catalunha, a luta também era uma revolução anticapitalista em andamento.
O objetivo não era apenas derrotar os fascistas, mas também abolir o capitalismo e estabelecer uma sociedade igualitária, o que aconteceu por um período que varia de meses a anos, dependendo da região. Empresas e terras foram todas coletivizadas e as pessoas comuns passaram a se autogovernar, com o mínimo de estruturas hierárquicas, enquanto a guerra seguia. Isso aconteceu em grande parte devido aos sindicatos anarquistas e outras divisões mais revolucionárias da esquerda, que estavam à esquerda do governo esquerdista.
Mas o governo anti-fascista passou a se opor à revolução — essas pessoas eram chamadas de “comunistas“, devido à influência do partido comunista e da Rússia —, querendo controlar tudo de cima para baixo, afirmando que a coletivização e a descentralização do poder prejudicariam a guerra. Eram chamados também de “comunistas de direita”.
Ou seja, além de lutar contra os fascistas, a esquerda se dividiu entre quem apoiava o governo contrarrevolucionário e o lado revolucionário — formado por anarquistas e as alas de socialistas radicais como o POUM. Essa divisão envolveu conflitos armados, mortes e prisões em massa.
Foi a uma milícia do POUM que Orwell se juntou quase por acaso, ao chegar na Espanha. Isso no final fez com que fosse perseguido pelos “comunistas de direita”. O governo de esquerda jogou o POUM na ilegalidade e caçou seus membros, mas Orwell conseguiu escapar da Espanha com sua mulher.
O livro destrincha esse conflito interno da esquerda em dois apêndices. Para quem for ler, recomendo ler o Apêndice 1 antes, para não se perder nas siglas de partidos e milícias, e entender quem é quem.
Essa política toda também é relegada aos apêndices porque o relato foca na experiência em primeira mão de Orwell, que tentou se distanciar das brigas políticas internas enquanto serviu. Queria apenas derrotar fascistas e tinha vagos “ideais socialistas”. Seus companheiros o chamavam de ingênuo. Ele só reconheceu a verdade disso depois que terminou vítima do partido comunista.
Considero central esse aspecto de como o socialismo estatal sabota e bloqueia revoluções genuínas, mas o mérito maior do livro é mesmo a experiência subjetiva de alguém que lutou nas trincheiras catalãs.
Orwell detalha a precariedade das condições na linha de frente, como frio congelante constante, armas defasadas e defeituosas, imundície, infestação de piolhos, falta de comida, cigarros, roupas etc. Sua tácita aceitação completa diante do fato de realmente poder morrer a qualquer momento acaba sendo impressionante. Também descreve como era combater em uma milícia sem hierarquias e desigualdade.
Apesar de ter passado por poucas situações de guerra total, balas perdidas eram a principal causa de mortes e ferimentos. Ele mesmo levou uma no pescoço e ficou incapacitado por semanas.
Não deixa de ser uma jornada infernal, da qual ele admite, paradoxalmente, lembrar com saudosismo. Principalmente pelas amizades, o “espírito espanhol“ e a incomparável sensação libertadora de desfrutar brevemente de uma utopia viva.
‘Terra e Liberdade’
→ trailer
O filme Terra e Liberdade (1995) está disponível na íntegra com boa definição no Youtube (mas com legendas em português apenas na falha versão automática).
Marcou-me bastante na juventude. Não sabia que era tão baseado na experiência de Orwell. Descobri porque, ao terminar o livro, quis rever o filme. As principais diferenças são:
- Não poderia faltar um romance para amenizar e cativar, mas sem pieguice e até emociona.
- As trincheiras são muito mais limpas (assim como as pessoas) e aconchegantes.
- A perca da ingenuidade do protagonista, quando ele percebe a armadilha do “comunismo estatal”, acontece sem que precise fugir do país. Ele chega a voltar às trincheiras mais esclarecido.
- A vilania dos “comunistas de direita” é exagerada, sugerindo que a guerra foi perdida por essa interferência. Orwell jamais faz essa afirmação, apesar de acreditar que isso certamente sabotou a luta anti-fascista.
- É muito mais emocional e trágico. O relato de Orwell é quase jornalístico, apesar de que quando seu grupo é acusado de traição e de aliança com os fascistas, ele não se conforma e solta o verbo, levando em conta quantos de seus companheiros se sacrificaram.
- Pouco aparecem a igualdade e a coletivização que se estabeleceram nas áreas liberadas e na milícia.
Para saber mais sobre esse conflito revolucionário, crucial no contexto anti-autoritário e anticapitalista, o filme é imperdível. Acaba exigindo certa familiaridade com a política (na primeira vez que vi, não entendi completamente, ficando mais absorvido pelo drama, mas o livro esclareceu tudo).
É um dos melhores retratos cinematográficos de uma revolução histórica, sendo um dos filmes mais lembrados da extensa lista de dramas anticapitalistas do diretor inglês Ken Loach.
[^1]: Sobre o suposto antissocialismo de Orwell e uma rica análise de 1984, de Thomas Pynchon: sol2070.in/2022/11/Sobre-1984
sol2070 finished reading Homenagem à Catalunha by George Orwell

Homenagem à Catalunha by George Orwell
George Orwell foi um dos escritores que, como Hemingway e Saint-Exupéry, lutou pela República na Guerra Civil Espanhola; o que …
sol2070 reviewed O Festim dos Corvos by George R. R. Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo, #4)
Tijolada
5 stars
( sol2070.in/2025/05/livro-o-festim-dos-corvos/ )
O Festim dos Corvos (A Feast for Crows, 2005, 608 pgs) é o tijolo 4 d'As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin, que inspirou a série Game of Thrones.
O banquete do título são os milhares de cadáveres que restaram das batalhas e golpes anteriores. Como rainha-regente, Cersei (minha vilã preferida) inicia uma cadeia de decisões tempestivas, após os assassinatos de seu pai e do filho rei, enquanto as coisas vão cozinhando ao redor. Outras personagens que vão se desenvolvendo são Arya, Jaime, Brienne (cujo arco resulta em algo bem diferente da TV), Sam e Sansa.
Pra quem não conhece (há dois anos, eu era dos poucos que ignorava completamente até o seriado), os livros formam uma das mais amadas séries de fantasia, ao lado do Senhor dos Anéis de Tolkien. Nunca li Tolkien (pretendo corrigir isso em breve), mas em …
( sol2070.in/2025/05/livro-o-festim-dos-corvos/ )
O Festim dos Corvos (A Feast for Crows, 2005, 608 pgs) é o tijolo 4 d'As Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin, que inspirou a série Game of Thrones.
O banquete do título são os milhares de cadáveres que restaram das batalhas e golpes anteriores. Como rainha-regente, Cersei (minha vilã preferida) inicia uma cadeia de decisões tempestivas, após os assassinatos de seu pai e do filho rei, enquanto as coisas vão cozinhando ao redor. Outras personagens que vão se desenvolvendo são Arya, Jaime, Brienne (cujo arco resulta em algo bem diferente da TV), Sam e Sansa.
Pra quem não conhece (há dois anos, eu era dos poucos que ignorava completamente até o seriado), os livros formam uma das mais amadas séries de fantasia, ao lado do Senhor dos Anéis de Tolkien. Nunca li Tolkien (pretendo corrigir isso em breve), mas em relação às adaptações cinematográficas, prefiro imensamente mais Game of Thrones (gosto até do odiado final). Tanto que fui pros livros.
O último que li foi há uns 18 meses. A série de sete livros planejados ainda só tem cinco. George está 13 anos atrasado para entregar o sexto. Quis esperar um pouco para ver se diminuía a incerteza sobre a conclusão, além de que cada tijolo tem mil páginas (na versão de bolso em inglês). No Kindle, a previsão de cada volume é 40 horas de leitura, sendo que um livro de 270 pgs costuma somar sete horas.
Ou seja, estava adiando continuar a série porque cada volume equivale a cinco livros, além da incerteza sobre quando (ou se) a saga terminará.
Mesmo assim, vale a pena. Exige mais, claro, mas a recompensa é proporcional. Devido à densidade, é daquelas estórias que transportam quase fisicamente.
E pra quem amou a série nas telas, é como se a coisa continuasse, porque há muito mais estória, além da profundidade. Por exemplo, Catelyn, a mãe dos Stark, tem um destino diferente do que o que se viu na TV. Além de Brienne e várias outros fatores (que mencionei nas resenhas anteriores).
Neste livro em particular, aparece, por exemplo, algo interessante que nem foi mencionado na TV: como, nos séculos passados, a ordem dos Meistres gradualmente foi rejeitando, expurgando e enterrando mistérios que não podia controlar com sua ciência. Os Outros, os dragões e a feitiçaria inspirada por R'hllor acabam sendo a contrapartida dessa forçada racionalização do mundo.
Li a versão em inglês. Até tentei no segundo volume a tradução, mas como estava acostumado com os nomes dos lugares em inglês, não deu pra me adaptar.
sol2070 finished reading O Festim dos Corvos by George R. R. Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo, #4)

O Festim dos Corvos by George R. R. Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo, #4)
Few books have captivated the imagination and won the devotion and praise of readers and critics everywhere as has George …
@zarabatana Esse tá na minha lista há um tempo!
sol2070 replied to Yuri Bravos's status
@Miguel @yuribravos Tentei há uns dias e não consegui superar essa dificuldade do começo (pra mim, fantasia em alturas distantes demais). Abandonei. Não que seja ruim, mas não era o que queria ler no nomento.