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Marte

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Marte's books

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Manuel Antônio de Almeida: Memórias de um Sargento de Milícias (Paperback, português language, 2010, Martin Claret) 3 stars

Com um único romance que escreveu aos 21 anos, Memórias de um Sargento de Milícias, …

Parecia mais legal nas minhas memórias (sem trocadilhos)

3 stars

Se eu não me engano, Memórias de um Sargento de Milícias (que eu insisto em chamar de Memórias Póstumas de um Sargento de Milícias na minha cabeça, admito) foi um dos livros da lista da Fuvest no meu ano de ingresso (aliás, Memórias Póstumas de Brás Cubas também).

Eu não li o livro na ocasião (admito), mas lembro de uma ou outra coisa das aulas de literatura para o vestibular e na minha cabeça, o livro era mais engraçado e divertido.

A primeira parte do livro fica descrevendo as traquinagens do Leonardinho, o personagem principal, que desde pequeno só quer saber de travessura e vadiagem. Essa parte é particularmente enfadonha, na minha opinião. Depois, passa a descrever a vida jovem-adulta de Leonardinho, que continua a se meter em vadiagem e adora um rabo de saia. Essa parte fica mais interessante e você começa a ansiar pelo desfecho. A questão é …

Alejandro Zambra: A Vida Privada das Árvores (Paperback, portuguese language, 2013, Cosac Naify) 4 stars

Segundo livro do escritor chileno Alejandro Zambra, 'A vida privada das árvores' é a história …

A vida privada de Julián

4 stars

A vida privada das árvores é, na verdade, menos sobre árvores e mais sobre Julián, um professor universitário chileno que está desvendando questões sobre sua vida. O enredo é como uma crônica, e se passa no apartamento de Julián enquanto esse cuida de Daniela, sua enteada, enquanto sua mãe Verónica não chega em casa. A partir desse fato -- Verónica ainda não chegou em casa e está atrasada -- Julián confabula milhares de cenários passados e futuros, incluindo a possibilidade de Verónica não voltar mais. O final é bastante aberto, e isso não me deixou muuuuito feliz, mas foi uma leitura agradável e particularmente rápida, perfeita para um domingo nublado.

Paul Verhaeghe: What about Me? (Paperback, english language, 2014, Scribe) 4 stars

According to current thinking, anyone who fails to succeed must have something wrong with them. …

Comecei amando esse livro. Aí nos 20% finais, o autor estragou tudo

4 stars

Ponderei por um tempo qual nota daria para esse livro, e durante a leitura minha nota foi de 4 para 5, de 5 para 4 e de 4 para 3, só de raiva. Mas vou manter o 4, e explico o porquê.

Verhaeghe, o autor, é um psicanalista belga. Peguei essa dica de leitura lendo Pussy Riot, o último livro que resenhei aqui. O título me chamou atenção, e Nadya citou Verhaeghe durante a parte de seu livro que fala sobre antipsiquiatria. Dado esse contexto, eu esperava uma parte maior do livro dedicada a destrinchar o DSM-V e criticar ferrenhamente a cultura neoliberal de transformar diagnósticos em identidades -- comunidade autista, estou falando de vocês (nós)! Ele de fato faz isso, mas em uma parte muito pequena que pareceu até meio corrida perto do tamanho do livro.

Colocações de Verhaeghe que eu considero que fazem o livro valer a pena: …

Nadya Tolokonnikova: Um Guia Pussy Riot Para o Ativismo (Paperback, português language, 2019, Ubu) 4 stars

Feminismo, ativismo, arte, literatura, sistema judicial, sistema penitenciário, antipsiquiatria, resistência, Nadya atravessa todos esses temas …

"É muito mais fácil espiar por baixo da saia de uma mulher que esteja no alto de um pedestal"

4 stars

Nesse livro, Nadya Tolokonnikova, uma das participantes e fundadoras do grupo Pussy Riot, que utiliza de arte punk para denunciar crimes de Estado na Rússia, relata suas experiências no ativismo. O Pussy Riot ficou conhecido no começo dos anos 2010 por suas ações artísticas irreverentes e destemidas contra a plutocracia putinesca, e Nadya e outras companheiras suas foram presas pelo Estado russo por desobediência civil.

O livro tem formato de guia, e, apesar de eu ter muita preguiça desses manuais de ativismo, senti que aqui esse formato fez sentido. Além de guia, é uma autobiografia. Nadya escreveu o livro originalmente em inglês, que não é sua língua materna, o que ajudou a linguagem a ser simples e direta. Dessa forma, a leitura é para todes, mesmo aqueles que não são muito iniciados no ativismo ou que não têm grandes contextos de ciências sociais e políticas ou filosofia.

São 10 regras …