john wants to read Os afogados e os sobreviventes by Primo Levi
Os afogados e os sobreviventes by Primo Levi
Primo Levi retoma sua reflexão sobre o campo de extermínio nazista 40 anos depois de ter escrito o primeiro livro …
Já fui um leitor, mas as redes sociais comeram minha atenção.
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Primo Levi retoma sua reflexão sobre o campo de extermínio nazista 40 anos depois de ter escrito o primeiro livro …
Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu …
Excelente. Gosto dos elementos que Lovecraft costura nessa história, com necromantes do passado, catacumbas escuras e conhecimentos nas margens entre a ciência e a magia capazes de destruir a sanidade humana.
Dana, a modern black woman, is celebrating her twenty-sixth birthday with her new husband when she is snatched abruptly from …
"A Revolução dos Bichos" é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus …
1984 é uma das obras mais influentes do século XX, um inquestionável clássico moderno. Publicado em 1949, quando o ano …
One of the great masterworks of science fiction, the Foundation novels of Isaac Asimov are unsurpassed for their unique blend …
neste livro, debora diniz constrói uma narrativa sobre a chegada e desenvolvimento do vírus zika no brasil. essa é uma história de muitos personagens. nos termos do livro, médicos de beira de leito, cientistas de bancada e uma multidão de mulheres nordestinas foram protagonistas de um dos mais graves surtos epidêmicos da história brasileira.
a qualidade da pesquisa realizada pela autora impressiona, principalmente considerando sua atualidade: menos de um ano separa o momento em que escrevo esses parágrafos e os eventos narrados no livro. nesse meio tempo, debora diniz imergiu no epicentro da epidemia, entrevistou mães de bebês com a síndrome congênita do vírus, revisou décadas de literatura científica e milhares de noticiários nacionais e internacionais. o resultado foi uma narrativa fluida, sem barreiras para quem não esteja familiarizado com o jargão médico ou antropológico, mas com um rigor pouco visto mesmo em algumas publicações mais especificamente acadêmicas.
além de …
neste livro, debora diniz constrói uma narrativa sobre a chegada e desenvolvimento do vírus zika no brasil. essa é uma história de muitos personagens. nos termos do livro, médicos de beira de leito, cientistas de bancada e uma multidão de mulheres nordestinas foram protagonistas de um dos mais graves surtos epidêmicos da história brasileira.
a qualidade da pesquisa realizada pela autora impressiona, principalmente considerando sua atualidade: menos de um ano separa o momento em que escrevo esses parágrafos e os eventos narrados no livro. nesse meio tempo, debora diniz imergiu no epicentro da epidemia, entrevistou mães de bebês com a síndrome congênita do vírus, revisou décadas de literatura científica e milhares de noticiários nacionais e internacionais. o resultado foi uma narrativa fluida, sem barreiras para quem não esteja familiarizado com o jargão médico ou antropológico, mas com um rigor pouco visto mesmo em algumas publicações mais especificamente acadêmicas.
além de ser uma fonte bastante precisa sobre um momento histórico, a narrativa explora ainda os modos de fazer da ciência e como os fluxos de circulação de recursos financeiros e reconhecimento seguem no brasil os caminhos das desigualdades regionais e de gênero. a corrida pela descoberta e compreensão do zika vírus foi desde o início liderada por pesquisadores e pesquisadoras da periferia da produção científica no país, com um destacado protagonismo de médicas e biólogas. os saberes acadêmicos não foram, porém, os únicos responsáveis pelos avanços no conhecimento sobre o vírus. diniz mostra como a comunicação entre as mães de crianças atingidas pelo zika foi importante para a compreensão dos efeitos da síndrome congênita do zika.
dessa forma, ao valor histórico do trabalho, soma-se a contribuição para a análise epistemológica da ciência. o conhecimento humano não se faz apenas nos laboratórios, mas também pelos questionamentos, hipóteses e observações de pessoas comuns no sertão nordestino ou de médicos atendendo em pequenas cidades do interior do país.
Nesse pequeno conto, Carlos Orsi consegue fazer uma tradução perfeita para o ambiente de decadência e desespero das histórias de Chambers. O estudante hippie de artes cênicas é a transposição do dândi viciado em ópio e absinto da Paris (ou Nova York) ultraromântica. Em vários níveis, o cenário e o efeito enlouquecedor da peça são explorados com mais êxito que em alguns contos do próprio Chambers. Ótima leitura, recomendo.
Excelente trabalho de Sevcenko em conjugar uma análise historiográfica profunda com uma abordagem apaixonada da última rebelião civil do Rio de Janeiro. A obra trata da revolta da vacina como evento culminante de uma série de processos que a antecedem e que não esgotam seus efeitos nela, permanecendo operantes até hoje. As relações entre as elites nacionais, as instituições do Estado e a massa popular que compõem nossas cidades é desnudada de maneira singular por Sevcenko, que traça o itinerário da revolta como uma das mais memoráveis tentativas de resistência popular contra o projeto modernizador das elites republicanas, implementado pelo Estado de maneira autoritária contra a população que teria que, em ultima instância, pagar por seu preço.
Apesar de curto, o trabalho de Sevcenko consegue fazer jus à complexidade que envolve qualquer evento das proporções que teve a Revolta da Vacina. No entanto, é curioso observar como a questão da …
Excelente trabalho de Sevcenko em conjugar uma análise historiográfica profunda com uma abordagem apaixonada da última rebelião civil do Rio de Janeiro. A obra trata da revolta da vacina como evento culminante de uma série de processos que a antecedem e que não esgotam seus efeitos nela, permanecendo operantes até hoje. As relações entre as elites nacionais, as instituições do Estado e a massa popular que compõem nossas cidades é desnudada de maneira singular por Sevcenko, que traça o itinerário da revolta como uma das mais memoráveis tentativas de resistência popular contra o projeto modernizador das elites republicanas, implementado pelo Estado de maneira autoritária contra a população que teria que, em ultima instância, pagar por seu preço.
Apesar de curto, o trabalho de Sevcenko consegue fazer jus à complexidade que envolve qualquer evento das proporções que teve a Revolta da Vacina. No entanto, é curioso observar como a questão da raça parece ser um ponto cego na obra, que não chega a tratar do tema de maneira expressa e demonstra inclusive uma aparente surpresa diante do tratamento desigual oferecido pelas instituições públicas à população residente nos cortiços cariocas e aos imigrantes europeus recém-chegados.