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Yuri Bravos

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quoted O a Sociedade do Anel by J.R.R. Tolkien (O Senhor dos Anéis #1)

J.R.R. Tolkien: O a Sociedade do Anel (Paperback, Portuguese language, 2001, Martins Fontes) 5 stars

Numa cidadezinha indolente do Condado, um jovem hobbit é encarregado de uma imensa tarefa. Deve …

"Por um tempo, os hobbits continuaram a conversar e a pensar na viagem passada e nos perigos que estavam à frente; mas a virtude da terra de Valfenda era tal, que logo todos os medos e ansiedades foram expulsos de suas mentes. O futuro, bom ou mau, não foi esquecido, mas deixou de ter qualquer poder sobre o presente. A saúde e a esperança cresceram nos hobbits, que ficavam felizes com a chegada de cada novo dia, apreciando cada refeição, cada palavra e cada canção". p. 291

"Roupas mantimentos sobressalentes, juntamente com cobertores e outros artigos necessários, seriam carregados por um pônei, exatamente o pobre animal que tinham trazido de Bri. A estada em Valfenda tinha operado uma mudança admirável nele: estava lustroso, e parecia ter recuperado o vigor da juventude". p.297

O a Sociedade do Anel by  (O Senhor dos Anéis #1) (Page 291 - 295)

A virtude da terra de Valfenda é algo que se pode cultivar na sua própria casa, quando se tem a autonomia e a possibilidade para tal. Há espaços que são adoecedores e há espaços que são curativos.

Eu tenho tentado tornar minha casa num desses lugares que se vai e se pode respirar e se sai mais consolado do que se entrou. Sei que muitos não conseguem isso, seja por impossibilidades financeiras ou familiares. Mas prezo para que todos que aqui visitem saiam revigorados.

Já tive mesmo a felicidade de ouvir comentários de amigos nesse sentido. É muito bom cultivar seu espaço, que, naturalmente, é uma emanação de si.

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Michela Murgia: Instruções para se tornar um fascista (Portuguese language, 2021, Âyiné) No rating

Instruções para se tornar um fascista é um livro urgente, que nasce para despertar consciências, …

Uma boa mão no exercício do populismo pode ser dada pelos radicais chiques, isto é, a burguesia democrática, especialmente a de esquerda, que pode se revelar acima de qualquer suspeita seu melhor aliado. Trata-se de pessoas - não necessariamente favorecidas, mas sempre minimamente convencidas de que são cultas que numa sociedade capitalista alertam sobre o dever moral de combater os desequilíbrios sociais, mas sabem que devem parte de seu bem-estar, ou a esperança de alcançá-lo, a tais desequilíbrios. O que farão, então? Simples: para gerenciar o sentimento de culpa, vão se comprometer com as lutas marginais, nunca com as fundamentais. Eles o farão com vigor, com muitíssimo empenho, porque é justamente do fato de ser radical sem ter verdadeira necessidade que deriva o ser chique, como os móveis de estilo falso pobre em suas salas. Assim, gastarão sua paixão civica com as consequências, mas nunca com suas causas. Irão sem falta às ruas pelo reconhecimento deste ou daquele direito das bichas e se acorrentarão contra a vivissecção dos bichinhos de laboratório, a queima de lixo ou o viaduto rodoviário que deturpa a paisagem detrás de casa, mas jamais farão o mesmo contra a reforma trabalhista ou contra um imposto fixo que proteja seus mais altos rendimentos

Instruções para se tornar um fascista by  (Biblioteca Âyiné) (Page 72 - 73)

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Daniel Santini: Passe livre (Portuguese language, 2019, Autonomia Literaria, Fundação Rosa Luxemburgo) 5 stars

Como a valorização do transporte coletivo pode ajudar a superar desafios crescentes para a mobilidade …

O transporte público deve ser entendido como um bem público, que beneficia portanto mesmo as pessoas que não fazem uso de modais coletivos. Os usuários de transporte público beneficiam toda a sociedade, pois mantêm baixos os custos sociais relacionados ao transporte (poluição, trânsito). Cobrar tarifas pelo uso do transporte público pode ser interpretado, então, como uma injustiça econômica: por mais que o serviço beneficie a todos, só uma parcela dos beneficiados paga por ele. De certo modo, cobrar pelo transporte público se torna uma exploração dos usuários pelos não usuários. Os gastos do sistema de transporte coletivo deveriam ser partilhados pelos beneficiados, ou seja, divididos entre todos os cidadãos.

Passe livre by  (Page 32)

Não sei se o livro está me pegando... Vou dar mais um votinho de confiança. Algo que se repete aqui — e que na época talvez fosse original, mas hoje já é manjado — e a inserção de termos completamente arbitrários que são explicados em seguida e na realidade é algo completamente trivial com outro nome "original".

commented on O a Sociedade do Anel by J.R.R. Tolkien (O Senhor dos Anéis #1)

J.R.R. Tolkien: O a Sociedade do Anel (Paperback, Portuguese language, 2001, Martins Fontes) 5 stars

Numa cidadezinha indolente do Condado, um jovem hobbit é encarregado de uma imensa tarefa. Deve …

Estou mais ou menos no meio do livro, quando Frodo chega a Valfenda e logo haverá a reunião para sociedade do anel. E daí começa uma coisa de uma cantoria e uns poemas (que só fazem sentido à luz do Silmarillion)... É uma chatura sem fim, verdade seja dita.

Inclusive pulei metade. Quem quiser que me prenda 🤣

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Liev Tolstói: De quanta terra precisa um homem? e outras histórias (EBook, Português language, 2021, Princips) 4 stars

Nesta coleção de quatro contos, Tolstói fala das coisas que realmente importam na vida, abordando …

"'- Então, com relação à fé - concluiu o chinês, seguidor de Confúcio -, é o orgulho que leva a equívocos e a discórdias entre os homens. Assim como o sol, assim também é Deus. Cada homem quer ter um Deus especial para si, ou pelo menos um Deus especial para a terra onde ele vive. Cada nação quer restringir a seus próprios templos um Deus que nem o mundo inteiro pode conter. Pode-se comparar um templo ao que o próprio Deus construiu para unir todos os homens em uma única fé e uma única religião? Todos os templos humanos são construidos à semelhança deste templo, que é o mundo de Deus. Cada templo tem sua fonte, sua abóbada no teto, suas lâmpadas, suas pinturas ou esculturas, suas inscrições, seu livro da lei, suas oferendas, seu altar e seus sacerdotes. Mas em qual templo existe uma fonte como o oceano, uma abóbada como a celeste, lâmpadas como o sol, a lua e as estrelas, imagens que se comparem a homens vivos, amorosos e prestimosos uns com os outros? Onde há registros da bondade de Deus que sejam tão fáceis de entender como as bênçãos que Ele distribuiu por toda parte para a felicidade dos homens? Onde está um livro de lei que seja tão claro para cada homem como aquele que está escrito no coração de cada um? Que sacrifícios se equiparam às abnegações que homens e mulheres amorosos fazem uns pelos outros? E que altar pode ser comparado ao coração de um homem bom, de quem o próprio Deus aceita o sacrifício? Quanto mais elevada a concepção que um homem tem de Deus, melhor ele O conhecerá. E, quanto mais ele conhecer a Deus, mais ele se aproximará Dele, imitando Sua bondade, Sua misericórdia e Seu amor pelos homens. Portanto, que aquele que vê a luz plena do sol iluminando o mundo se abstenha de culpar ou desprezar o homem supersticioso, que vê em seu ídolo um raio dessa mesma luz. Que não despreze nem mesmo o cético que é cego e não pode enxergar o sol.'

Assim falou o chinês, seguidor de Confúcio. E todos os que estavam presentes na cafeteria ficaram em silêncio e não mais discutiram sobre qual fé era a melhor."

De quanta terra precisa um homem? e outras histórias by  (Page 60 - 61)

Ursula K. Le Guin: Os Despossuídos (Hardcover, Portuguese language, 2019, Editora Aleph) 5 stars

Escrito em 1974 pela brilhante e premiada Ursula K. Le Guin, Os Despossuídos é uma …

Um livro de ideias

5 stars

Esse é um livro que faz pensar, faz questionar várias coisas e refletir se elas vão poderiam ser diferentes. Tudo que Shevek tem é uma ideia, e quem espera muita ação vai ser decepcionar, pois tudo que ele tem é uma ideia. Uma ideia que, de certa forma é parresiasta, apostando a vida dele contra a sua.

Demorei uns seis meses para ler o livro, mas acredito que ele irá reverberar por muito mais tempo comigo. Vale a pena.

Ursula K. Le Guin: Os Despossuídos (Hardcover, Portuguese language, 2019, Editora Aleph) 5 stars

Escrito em 1974 pela brilhante e premiada Ursula K. Le Guin, Os Despossuídos é uma …

Esse é um livro que faz pensar, faz questionar várias coisas e refletir se elas vão poderiam ser diferentes. Tudo que Shevek tem é uma ideia, e quem espera muita ação vai ser decepcionar, pois tudo que ele tem é uma ideia. Uma ideia que, de certa forma é parresiasta, apostando a vida dele contra a sua.

Demorei uns seis meses para ler o livro, mas acredito que ele irá reverberar por muito mais tempo comigo. Vale a pena.